Da Redação – Em nove dias, os três veterinários que integram a equipe da Clínica São Francisco castraram 66 gatos e 46 cães encaminhados pelos protetores cadastrados junto à Secretaria de Meio Ambiente, da Prefeitura de Mauá. As castrações são resultado de um convênio entre a Prefeitura e a Clínica, firmado em 2 de junho, após processo licitatório. Segundo o contrato, a Clínica deverá realizar até 250 castrações por mês, sendo 150 cães e 100 gatos.
A Secretaria de Saúde, por intermédio do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ), já realiza normalmente 60 cirurgias de esterilização mensais e, desde 2013, já castrou 2.150 animais da cidade. Mesmo com a campanha de castração empolgando e despertando o interesse dos protetores, a agenda teve dez ausências.
“Atualmente, a Secretaria tem 33 protetores cadastrados e, destes, 22 apresentaram lista com caninos e felinos a serem esterilizados”, explicou a diretora de Meio Ambiente, Larissa Kelly. As listas somam 700 indivíduos cuidados por protetores que os recolheram provenientes das ruas, que sejam comunitários ou, ainda, que estejam em situação de risco.
As cirurgias serão realizadas mediante avaliação das condições de saúde do animal, por profissionais veterinários aptos à realização de técnicas cirúrgicas do tipo ovário-salpingo-histectomia (OSH) para fêmeas e orquiectomia (OQ) para machos. Os protetores chegam com os bichinhos e preenchem uma ficha com seus dados, informando até a hora da última refeição ou consumo de água, no mínimo oito horas antes. Em seguida, são feitos exames físicos e pré-anestésicos, a cirurgia com pontos intradérmicos e a recuperação pós-cirúrgica. Isso ocorre em caixa aquecida, com cobertor e soro. Os cães e gatos só são devolvidos aos donos após estarem totalmente recuperados.
“O interessante é que várias das cadelas e gatas estavam com infecção uterina, a piometra, e a indicação nestes casos é a própria cirurgia”, explicou o veterinário Marcos Giuliano Bottaro. Ele explicou que, inclusive, uma gata estava em estágio bem avançado da doença e a proprietária não tinha condições de pagar pelo procedimento, se limitando às aplicações de hormônio para evitar o cio que, embora proibidas, são baratas e fáceis de encontrar.
Os animais são medicados prévia e posteriormente, inclusive com sedação e anestésico, e acompanhados de perto em caso de alguma alteração. Ao receberem alta, levam analgésico e antibiótico para 15 dias.
O cadastro pode ser realizado na Secretaria de Meio Ambiente, mediante apresentação e comprovante de endereço, CPF, RG e CNPJ, no caso das ONGs. O convênio tem duração de 12 meses, prorrogável por igual período. A clínica tem responsáveis devidamente licenciados e registrados no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
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