O pescador, o candidato e o eleitor…

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O pescador é um observador, paciente, à sua maneira, é um estudioso do tempo. Observa as correntes do vento, o tempo, a temperatura e todas as possibilidades para uma boa pescaria. Conhecedor das condições de lagos, lagoas, rios, represas, o pescador é cauteloso, primeiro analisa o local, escolhe o melhor ponto.

Então, instala-se em local apropriado para fazer a ceva. Depois de muito tempo, os peixes estão cevados, habituados ao alimento do local, da ceva e este pescador, com pouco trabalho, tem o peixe garantido para sua manutenção. O bom pescador, para ter o peixe a seu dispor, preparou o ambiente, não fez como o pescador apressado, inexperiente que quis na primeira viagem voltar para casa com o cesto cheio de peixe. Teve paciência e, somente depois de longo preparo, começou a pescar.

E assim também deve ser o bom candidato. Preparar o terreno, ter propostas, compromisso com o eleitor, apresentar sua plataforma de trabalho, adquirir credibilidade, submeter-se à vontade da comunidade no encaminhamento de reivindicações da população e, então, apresentar-se como candidato. O bom candidato sabe que a palavra candidato vem de cândido, que quer dizer puro, limpo, moral e socialmente.

Neste momento em que o Brasil vive uma grande crise moral, política e econômica, está na hora do eleitor valorizar-se e passar o país a limpo. A grande revolução de um país democrático se faz com educação e com o voto consciente. O Brasil tem 5.570 municípios com milhões de candidatos a vereadores e a prefeitos para a eleição de 2 de outubro de 2016. É importante o eleitor ter um voto consciente.

As eleições deste ano trarão uma nova realidade nacional, um novo mapa da política, o voto deste ano deve ser o voto contra a corrupção, a favor da educação, da saúde, da segurança, da ética na política, da mobilidade e, acima de tudo, contra os maus políticos. O eleitor deve prestar atenção nas ações dos candidatos, deve observar, deve fazer a distinção entre viver para a política e viver da política.

A maioria dos candidatos, talvez, não tenham consciência sobre a verdadeira diferença entre viver para a política e viver da política. Mas o eleitor precisa separar o joio do trigo. O candidato que tem como meta viver da política, será um político sem escrúpulos, adepto de negociatas e governará para seus próprios interesses.

Esses políticos são os que desviam recursos da saúde, da educação, da segurança, são os que prejudicam os mais necessitados. É preciso que o eleitor pense bem antes de votar, é preciso escolher o candidato que vive para a política.

Esse candidato que vive para a política está preocupado com a saúde, com a educação, com a gestão correta dos recursos públicos, será a salvação da democracia, a salvação das nossas instituições.

Se houver uma escolha correta dos candidatos nas próximas eleições, o Brasil começará a mudar sua realidade. Cabe ao eleitor a escolha certa.

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