Consumo nos Lares Brasileiros cresce 3,5% em outubro, aponta ABRAS

2055 0

Cesta de Natal: consumo deve crescer em média 12% no período, aponta ABRAS
AbrasMercado sobe 2,44% pressionado por carne bovina, tomate, óleo de soja, café, leite

Da Redação – O Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 3,5% em outubro ante setembro. No ano, o indicador acumula alta de 2,67% de acordo com monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS. Já na comparação interanual (out.24 x out.23) a alta é de 2,90%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.

“A escalada da inflação continuou pressionando os alimentos. O consumidor pesquisou preços, fez substituições de proteínas animais e trocou marcas de produtos básicos ao compor a cesta de abastecimento dos lares”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

O aumento da empregabilidade ao longo do ano e os volumes de recursos injetados na economia também contribuíram para sustentar o consumo nos lares. Em outubro, os principais recursos injetados na economia foram os repasses do Governo Federal para o programa Bolsa Família com montante de R$ 14,03 bilhões para 20,73 milhões de beneficiários; o montante de cerca de R$ 700 milhões do 1º lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física 2024 para mais de 264 mil de contribuintes (30/10);  a liberação de R$ 2,4 bilhões de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para aposentados e pensionistas do INSS; a transferência de R$ 574,68 milhões do programa Auxílio-gás para cerca de 5,52 milhões de beneficiários, a continuidade dos repasses do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6,1 bilhões no mercado ao longo do ano.

Para novembro, recursos extras que entraram na economia, além do Bolsa Família estimado em R$ 14,11 bilhões, devem incentivar o  consumo no mês e trazer impactos em dezembro nas tradicionais confraternizações. São eles: 1ª parcela do 13º salário dos trabalhadores formais (até 30/11) com montante de R$ 321,4 bi; o pagamento em parcela única do 13º dos aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS que passaram a receber o benefício após julho 2024 (25/11 a 06/12) com montante R$ 1,3 bilhão para mais de 1 milhão de beneficiários; o 2º lote residual IRPF 2024 – montante de R$ 559 milhões a 221,6 mil contribuintes (29/11); o pagamento de R$ 2,6 bi em RPVs, a disponibilidade de R$ 228,6 milhões em abono salarial referente ao PIS /Pasep para mais de 247 mil trabalhadores que ainda não sacaram o benefício; Saque Aniversário do FGTS para os trabalhadores que optaram pelo benefício.

Cesta AbrasMercado sobe 2,44% em outubro

Variação nos preços é a mais elevada dos últimos 30 meses (abril 2022, +3,4%)
Em outubro, os preços da cesta AbrasMercado subiram 2,44% ante setembro. A variação do indicador é a maior para o mês de outubro desde 2020 (+3,56%) e a mais elevada dos últimos 30 meses (abril 2022, alta de +3,4% – disparada dos preços internacionais com o conflito Ucrânia x Rússia). O indicador mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. 

Na média nacional, os preços da cesta passaram de R$ 739,44 para R$ 757,49. De janeiro a outubro a alta é de +4,83 e em 12 meses, de +7,30%. No mês, as principais variações vieram do tomate (+9,82%), da carne bovina – corte do dianteiro (+9,09%), do corte traseiro (+6,07%); do óleo de soja (+5,10%), do café torrado e moído (+4,01%), do leite longa vida (+1,97%).

Além dos produtos que pressionaram a cesta, houve alta nos preços do pernil (+1,64%) e do frango congelado (+1,02%). O ovo é a única proteína animal que mantém a trajetória de recuo nos preços: outubro (-1,17%), no ano (-4,89%) e em 12 meses (-6,22%).

Dentre as quedas nos preços estão: cebola (-16,04%), sal (-4,16%), batata (-3,45%), açúcar refinado (-1,12%), biscoito cream cracker (-0,58%), feijão (-0,48%), sabonete (-0,04%), arroz (-0,03%), sabão em pó (-0,01%).

No acumulado do ano (janeiro a outubro) as maiores altas vêm do café (+29,93%), do leite longa vida (+24,05%),  do óleo de soja (+10,75%); do arroz (+9,72%); da carne bovina – corte dianteiro (+8,95%), do pernil (+7,70%); da carne bovina – corte traseiro (+5,54%), do refrigerante PET (+5,88%), da batata (+5,27%). Já as maiores quedas foram registradas em: cebola (-29,35%), tomate (-24,61%), feijão (-7,35%), margarina cremosa (-4,85%); farinha de trigo (-2,11%); farinha de mandioca (-2,06%).

Em outubro, as principais variações na cesta de higiene e beleza foram: creme dental (+0,82%), papel higiênico (+0,72%), sabonete (-0,04%); xampu (+0,11%). No ano, puxam as altas o creme dental (+2,95 %) e o xampu (+4,60%). Os recuos nos preços vêm do sabonete (-3,28%) e papel higiênico (-1,82%).

Em limpeza, as variações foram: água sanitária (+0,72%); desinfetante (+0,68%); detergente líquido para louças (+0,33%); sabão em pó (-0,01%).

AbrasMercado: análise por região

Na análise regional, a maior alta no indicador ocorreu na região Centro-Oeste (+2,76%) com os preços passando de R$ 696,91 para R$ 716,12, seguidas de Sudeste (+2,71%) onde os preços saíram de R$ 755,59 para R$ 776,03; Norte (+1,87%) com os preços passando de R$ 801,06 para R$ 816,00; Nordeste (+1,28%) com os preços passando de R$ 667,38 para R$ 675,95; Sul (+1,17%) com os preços passando de R$ 829,37 para R$ 839,08.

AbrasMercado: preços da cesta de alimentos básicos com 12 produtos sobe 3,31%

Cesta mais cara  foi registrada em Rio Branco (AC) R$ 392,94 e Aracaju (SE) se manteve com a cesta mais barata  R$ 283,03
No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de +3,31% em outubro ante setembro e o preço, na média nacional, passou de R$ 318,52 para R$ 329,07.
As principais altas vieram da carne bovina – corte do dianteiro (+9,09%), do óleo desoja (+5,10%), do café torrado e moído (+4,01%), do leite longa vida (+1,97%), farinha de trigo (+0,89%), farinha de mandioca (+0,58%), queijo muçarela (+0,59%), margarina cremosa (+0,37%), massa sêmola de espaguete (+0,34%). As quedas foram registradas no açúcar refinado (-1,12%), no feijão (-0,48%). O preço do arroz permaneceu estável (-0,03%).

As variações por região foram: Sudeste (+3,90%) onde os preços saíram de R$ 329,32 para R$ 342,16; Norte (+3,21%) passando de R$ 379,22 para R$ 391,38; Centro-Oeste (+3,04%) onde os preços passaram de R$ 317,07 para R$ 326,71; Nordeste (+2,34%) passando de R$ 279,26 para R$ 285,79; Sul (+2,05%) onde os preços passaram de R$ 343,00 para R$ 350,03.

Nas capitais e nas regiões metropolitanas os preços da cesta em outubro foram: Aracaju (SE) R$ 283,03; São Luis (MA) R$ 285,45; Salvador (BA) R$ 286,73; Fortaleza (CE) R$ 286,76; Recife (PE) R$ 286,98; Campo Grande (MS) R$ 323,96; Goiânia (GO) R$ 327,69; Brasília (DF) R$ 328,49; Vitória (ES) R$ 340,05; Belo Horizonte (MG) R$ 341,09; Rio de Janeiro (RJ) R$ 343,54; São Paulo (SP) R$ 343,95; Porto Alegre (RS)    R$ 345,49; Curitiba (PR) R$ 354,57; Belém (PA) R$ 389,83; Rio Branco (AC) R$ 392,94. A cesta mais cara foi registrada em Rio Branco (AC) e a mais barata em Aracaju (SE).

Cesta de Natal: ABRAS projeta crescimento de 12% no consumo

Preços da cesta sobem 8% ante 2023 puxado pela alta do dólar e itens mais pressionados pela inflação nos últimos meses

A cesta natalina mais barata é da região Centro-Oeste (R$ 337,35), os preços mais altos foram registrados no Sul (R$ 358,05). Os supermercadistas projetam alta de 12% no consumo no período de festas de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS.

Neste ano, a disparada do dólar e os fatores climáticos que impactam os preços dos alimentos desde setembro atingem a cesta de produtos natalinos que estão 8% mais caros na comparação com ano anterior. O preço médio da cesta com produtos típicos composta por dez produtos – aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender – foi calculado em R$ 345,83 nesta semana, R$ 24,70 a mais do que os R$ 321,13 de 2023.

Na comparação de preços entre as cinco regiões, a menor variação foi registrada na região Sul (+7,4%) e preço médio de R$ 358,05. Já a maior variação vem da região Sudeste (+8%) com a cesta calculada em R$ 342,28. A cesta mais barata é a da região Centro-Oeste com preço médio de R$ 337,35 (+7,7%). No Nordeste, o preço médio é de R$ 346,24 (+7,6%) e no Norte (+7,7%) com R$ 345,23.

Apesar da alta nos preços, a Black Friday (28/11) já traz ofertas de produtos típicos natalinos e os supermercados tendem a aumentar o volume de ofertas de acordo com as negociações com a indústria ao longo de dezembro.

“O consumidor já encontra produtos típicos da época nas ofertas diárias nas lojas. Os aplicativos e programas de fidelidade também são destaques no período por trazer descontos ainda maiores nos itens sazonais. Recomendamos ao consumidor pesquisar antes de ir ao comércio, pois há variações de preços em produtos do mesmo tipo e marca, maior número de marcas nas gôndolas e preços – em média 25% mais baixos – dos produtos de marcas próprias dos supermercados”, explica o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

Para as festividades, os supermercadistas aumentaram o número de produtos de fabricação própria. Segundo o levantamento da ABRAS, 85% dos supermercadistas planejam produzir itens sazonais de padaria e confeitaria,  57% ampliaram os itens de marca própria em mercearia seca, 35% em produtos industrializados e 25% em mercearia líquida (bebidas). 

A média de encomendas do setor para o período natalino é de 12% na cesta de proteínas de origem animal. Já as variações de preços da cesta são:  bacalhau (+18,8%), pernil (+15,3%), carne bovina (+13,5%), peixes (+12,5%), lombo (+12,9%); chester (+11,7%), tender (+11,5%), frango (+10%), peru (+10%) e ovos (+7,5%).

Na cesta de frutas são destaques as encomendas das frutas especiais (13%), das frutas nacionais (12,6%), das frutas secas (10,5%) e das nozes e castanhas (10%). Os preços desses itens, em sua maioria importados, estão em média 15% mais altos do que no ano passado.

Já produtos tradicionais como os panetones, chocotones, biscoitos especiais e chocolates respondem por 11,4% das encomendas da categoria e os preços estão em média 10% mais altos. Em bebidas, as encomendas são de 13% e os preços subiram em média 10%. As principais variações de preços vêm dos vinhos importados (+13%), bebidas destiladas (+11%), refrigerante (+10,9%), espumante e cerveja (+10,7%), vinhos nacionais (+9,7%), cerveja premium (+7,8%), sucos (+6,6%). A pesquisa foi realizada entre os dias 24 de outubro e 27 de novembro e contempla todos os formados de supermercados.

Total 0 Votes
0

Tell us how can we improve this post?

+ = Verify Human or Spambot ?

Nenhum comentário on "Consumo nos Lares Brasileiros cresce 3,5% em outubro, aponta ABRAS"

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *