Comunidade da Ginástica Rítmica faz balanço dos avanços nos últimos anos e projeta conquistas

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Ginastas do conjunto brasileiro são unânimes ao afirmar que resultados do Mundial de Sófia são um marco na história da modalidade no País

Da Redação (SP) – O Brasil enfim ascendeu a uma posição em meio à elite da Ginástica. Se essa frase é verdadeira há muitos anos no que diz respeito à Ginástica Artística, que conquistou seu primeiro título mundial em 2003 e o primeiro ouro olímpico em 2012, hoje também se aplica ao contexto da Ginástica Rítmica.

Ex-treinadora de GR, a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende, já reputa 2021 e 2022 como anos em que importantes passos foram dados pela modalidade.

“Nestes dois anos, tivemos diversas conquistas notáveis. No ano passado, graças a Bárbara Domingos, pela primeira vez vimos uma brasileira numa final em um Mundial, no individual geral. Neste ano, a Geovanna Santos ficou perto da final do individual geral e das maças. A Bárbara voltou depois de cirurgia e tem tudo para evoluir ainda mais”, afirmou a dirigente. “Já entre os conjuntos, o Brasil chegou a uma final no Mundial de 2021; conquistou uma medalha numa Copa do Mundo, em Pesaro; manteve a hegemonia nas Américas sendo Campeão Pan-Americano; e agora, no Mundial de 2022, consolidou esses avanços com o quinto lugar no geral e a quarta colocação na final dos cinco arcos. O Brasil já é considerado uma realidade no cenário internacional e tenho a certeza de que vamos continuar avançando”, acrescentou.

Neste momento, Luciene faz questão de dividir os méritos com parceiros de primeira hora da CBG. “Nada disso teria sido possível sem o apoio da Secretaria Especial do Esporte que, através do termo de fomento, garante a estrutura do Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica de Aracaju; das Loterias CAIXA, patrocinador de longa data; do Prevent Senior New On, da Estácio, do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Brasileiro de Clubes, parceiros da CBG”.

Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto desde 2011, comenta os avanços do grupo nos últimos anos. “Iniciamos o ciclo olímpico mantendo aquele grupo que no ciclo anterior ainda era muito jovem e inexperiente. Com muito foco e trabalho duro ao longo destes anos, conseguimos ir além das nossas expectativas logo de cara no primeiro ano deste ciclo. Sabíamos que tínhamos uma grande oportunidade de trazer excelentes resultados. Assim, investimos em coreografias com alto grau de dificuldade, sem deixar de lado o ponto forte do Brasil, que é o artístico. Hoje temos um time muito forte e experiente dentro e fora do tapete. Nossa equipe interdisciplinar, que mantemos graças a nossos patrocinadores, deu o máximo e contribui expressivamente. Estamos muito felizes e ainda mais motivadas a ir além!”.

Capitã da equipe, Maria Eduarda Arakaki constatou que o Brasil realmente subiu para um outro patamar. “Esse resultado no Mundial de Sófia abre portas. Mostramos ao mundo que somos potência. Estamos ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial”.

Nicole Pírcio, outra ginasta que vem do ciclo anterior, acredita que o conjunto brasileiro está no caminho certo. Afinal, já havia conquistado a medalha de bronze na etapa de Pesaro da Copa do Mundo, com uma apresentação primorosa da série mista. Já no Mundial de Sófia, o grande resultado foi o quinto lugar na final da série simples (cinco arcos). O raciocínio é que o grupo tem tudo para ir ainda mais longe no dia em que acertar as duas na mesma competição. “Nossa série do misto tem um dos artísticos mais lindos que já vi. É uma série forte, com a qual já fizemos história também. Tínhamos grandes chances de subir ao pódio já em Sófia. Isso só nos motiva ainda mais. A cada ano vamos nos aproximando mais. Vamos continuar dando tudo pela GR do Brasil”.

Bárbara Galvão também tem a opinião de que a perspectiva de um pódio em competições muito importantes é algo palpável. “Tivemos na Bulgária a confirmação de que o Brasil está sim na elite da ginástica rítmica internacional. Sei que podemos mais, que podemos brigar por medalhas. Estamos evoluindo a cada ano, a cada competição”.

A paranaense Giovanna Silva disse que quer muito voltar a sentir as emoções que experimentou no último final de semana, em Sófia. “No momento em que deixamos a quadra, já estávamos muito satisfeitas com a coreografia que havíamos acabado de apresentar. Terminar a rotação da final e ver nosso quarto lugar foi muito especial. É uma emoção e uma felicidade muito grandes, porque vimos que todo o nosso esforço desde o início desse nosso processo foi recompensado”.

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