Programa Olhar Solidário vai cuidar da visão de estudantes de Diadema

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Iniciativa visa promover a saúde integral dos estudantes da rede municipal e identificar possíveis dificuldades de visão, sejam inatas, sejam adquiridas com o uso excessivo de telas como computadores, tablets e celulares, intensificados; Saúde promoveu formação com educadores para testes de acuidade

Texto: Tatiana Ferreira – Fotos: Mauro Pedroso (PMD)

Da Redação – Cerca de 60 profissionais da rede municipal de Educação de Diadema participaram, nesta terça-feira (10), no auditório do Quarteirão da Saúde, de uma formação sobre acuidade visual (Teste de Snellen). A atividade é uma parceria entre as Secretarias de Educação e Saúde, dentro do escopo do programa Saúde na Escola (PSE) e faz parte do programa Olhar Solidário, que visa promover a saúde integral dos estudantes da rede municipal e identificar possíveis dificuldades de visão, sejam elas inatas ou adquiridas com o uso excessivo de telas como computadores, tablets e celulares, intensificados durante a pandemia de Covid-19.

Professores itinerantes do Cais (Centro de Atenção à Inclusão Social), diretores e coordenadores das escolas de Ensino Fundamental passaram pela capacitação, ministrada pela equipe de Oftalmologia do Quarteirão da Saúde (na figura da Dra Marta de Filippi Sartori e dos residentes que fazem residência médica na Prefeitura em parceria com a Unifesp). Na abertura da atividade, a secretária de Educação, Ana Lúcia Sanches, ressaltou a importância de as duas pastas terem trabalhos em conjunto. “É importante a parceria com a Saúde para essa capacitação e outras ações que são realizadas dentro do Programa Saúde na Escola e hoje estamos dando o primeiro passo para implantar esse programa voltado à saúde ocular das crianças que utilizam a nossa rede municipal”. 

O intuito da oficina foi dar início ao processo de instrumentalização dos profissionais da educação para que os mesmos tenham um olhar para a promoção da saúde ocular dos alunos, por meio de triagem nas escolas, identificando aqueles estudantes com possíveis problemas oftalmológicos que poderiam dificultar a concentração do estudante ou até mesmo comprometer o processo de aprendizagem. Participaram também a coordenadora da Educação Especial Inclusiva da Secretaria de Educação, Ana Claudia Martins, e sua assistente Camila Hipólito.  

Na ocasião, a equipe de Oftalmologia do Quarteirão da Saúde (na figura da Dra Marta de Filippi Sartori e dos residentes que fazem residência médica na Prefeitura em parceria com a Unifesp) explicou de forma geral sobre os principais problemas oftalmológicos que podem acometer uma criança e como devem ser encaminhados para a rede de Atenção à Saúde do município. Os profissionais demonstraram como é feito o exame oftalmológico básico, utilizando uma Escala Optométrica (tabela normalmente utilizadas nos consultórios) e foram prestadas as informações necessárias para que o exame de acuidade visual seja realizado de forma adequada.

“Fiquei feliz com o encontro pela adesão acima da nossa expectativa e também pela troca e participação dos presentes que fizeram perguntas e tiraram dúvidas. Tentamos falar em uma linguagem mais acessível possível, no sentido de entender a importância, e se não tiver essa parceria, não vamos conseguir fazer essa ação. Os profissionais aqui presentes são fundamentais e compraram a ideia. Entenderam que fazem parte da situação e que isso é em benefício das crianças”, afirmou a palestrante Dra Marta de Filippi Sartori.   

Maria Cláudia Vilela, Diretora do Quarteirão da Saúde, ressaltou a importância da intersetorialidade para que o programa voltado à saúde ocular dos estudantes dê certo. “A Atenção Especializada, se não tiver parceria com a rede básica e a Educação nesse processo, não vai conseguir atender, de fato, quem mais precisa. Então essa forma de conseguir trabalhar em conjunto vai fazer muita diferença para, principalmente, dar acesso a quem mais precisa de cuidado”, afirmou. 

Como vai funcionar 

A partir dessa atividade inicial, a proposta é ainda no segundo semestre deste ano, que as escolas comecem a fazer uma triagem dos estudantes, determinando a prioridade dos encaminhamentos para a saúde.  Os gestores que participaram da formação vão orientar as suas equipes. O projeto vai contemplar, na primeira fase, cerca de 13 mil dos 30 mil alunos da rede municipal e o trabalho será feito primeiro com os estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental. Serão feitos os encaminhamentos para a equipe de especialistas da saúde e fornecido óculos para as crianças que necessitarem, tudo custeado pela Prefeitura.

Rosângela Aparecida Monteiro, que atua no Cais, aprovou a iniciativa. “Trabalhei 32 anos no Estado e em São Bernardo do Campo e sempre tinha a aplicação do Teste de Snellen nas escolas. Nós recebíamos uma formação e todo o material que precisávamos, como planilhas para preenchimento e sempre foi uma ação muito tranquila e positiva. Com isso, conseguíamos identificar quem precisava de cuidados oftalmológicos. Gostei da capacitação e acho que vai trazer bons resultados”.

Teste de Snellen

A aplicação do teste de acuidade visual, por meio da Escala Optométrica, permite identificar a capacidade do olho de perceber e identificar a forma e o contorno de objetos ou letras. É um recurso simples utilizado universalmente para analisar a qualidade da visão. Durante o exame, o usuário deve identificar em cada linha padronizada do cartaz o objeto apontado pelo profissional da saúde, que vai diminuindo de tamanho por escala, o que permite identificar a existência de erros de refração e o nível de saúde dos olhos.

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