No ar em Além da Ilusão, novela das 18h da TV Globo, como a divertida Julinha, a atriz e humorista homenageia as maiores comediantes de todos os tempos em sua nova comédia. A atriz contracena com uma nave-lua, de estrutrura metálica, onde são projetados os vídeos
Da Redação – O espetáculo nasceu como fruto do jeito bem-humorado que o brasileiro tem de narrar os acontecimentos improváveis de uma realidade que, por vezes, supera a ficção. Mergulhada numa vasta pesquisa sobre o riso, que vai de Esopo a Juca de Oliveira, a peça é um convite ao público para rir e se divertir. “O conceito da peça é o humor de situações. A nova encenação, além de reverenciar Lucille Ball, estende o tributo a todas as comediantes brasileiras. Mulheres que se destacaram na comédia, que vieram do teatro de revista e foram para a televisão, quebraram tabus e romperam preconceitos numa época extremamente machista.” O diretor Luiz Antônio Rocha cita, ainda, Marília Pêra, Virgínia Lane e Marina Miranda. “Assim, inserimos a televisão no espetáculo, com seus programas de auditório e seriados.” Personagens hilárias – Alexandra Richter apresenta cinco personagens diferentes em esquetes diversas e hilárias, todas ligadas às fases da lua. Entre elas, destaque para Marly de Bangu, a empresária serial que tem a solução para todos os problemas no planeta Terra: deixá-lo pra trás e viver na Lua. “Ela jura que sua empresa já pode ser considerada unicórnio [empresas que faturam mais de 1 bilhão de dólares]. Está tentando vender a cápsula lunar, além de terreno na Lua e serviços agregados. Quer convencer os futuros compradores que morar na lua é a solução porque na Terra não dá mais”, comenta a atriz. No quadro “Uma Loira à Deriva”, o desejo de sentir emoções em alto mar leva a personagem a pagar uma mesa exclusiva, colada ao palco do show de Roberto Carlos. Tudo o que ela queria era ser vista pelo Rei em seu cruzeiro. Mas o aquecimento climático mandou um iceberg na rota do navio e ela foi parar numa ilha nada paradisíaca. “Ela vai reconhecendo o lixo jogado por ela mesma. É um quadro bem atual. Inserimos um assunto sério, necessário, mesmo em um espetáculo cômico.” Em outro esquete, a atriz faz teste para comercial de um xarope a ser tomado uma vez ao dia. “Só que ela vai errando o texto e bebendo sem parar até ficar completamente louca.” Tem os quadros da atriz cômica reprovada para o papel de Medeia (por não ter physique du role, de acordo com o diretor); e também fantasiada de Mulher Maravilha fazendo telegrama animado no teatro. Sucesso de público e crítica, a primeira montagem do espetáculo há 18 anos projetou o nome da atriz e chamou a atenção da TV Globo. “Maurício Shermann [então diretor] foi me assistir numa segunda-feira e me convidou para fazer um quadro no Zorra Total.” Sobre sua personagem Julinha, na novela Além da Ilusão, a atriz só tem elogios: “Depois desses anos tão difíceis e de tantas perdas, eu amei poder fazer parte desta novela linda, que é um sucesso e o clima de gravação é delicioso. Fazer uma personagem leve e divertida foi um presente. E que núcleo delicioso, só alegria!”. Primeira encenação era tributo a Lucille Ball Quando idealizou a primeira montagem de Uma Loira na Lua, em 2004, junto com Alexandra Richter, o desejo do encenador era voltar ao teatro depois de 20 anos de produção de elenco na TV Globo. “Juntei um grupo de atores em casa para procurar um texto de comédia”, conta. A turma da pesada do diretor reunia Alexandra Richter, Leandro Hassum, Mônica Martelli, Claudio Torres Gonzaga e Leo Jayme. “Os atores não eram famosos ainda, depois todos estouraram.” O grupo encontrou um texto “maravilhoso”, mas não conseguiu os direitos para montar. “Vamos fazer eu e você”, disse para Xanda,“ que tinha uma grande facilidade em imitar pessoas”. Os dois criaram vários personagens e convidaram Ana Paula Botelho e Marcelo Melo para escrever os textos de Uma Loira na Lua. Depois de intenso trabalho de pesquisa sobre o riso e também por Alexandra ser muito parecida com a Lucille Ball (“sempre fui muito apaixonado pela atriz”), o espetáculo foi concebido para ser uma grande homenagem à artista americana. “Foi um sucesso. Barbara Heliodora [crítica de teatro] colocou a gente nas alturas. O Flávio Marinho [autor] escreveu (em seu livro Quem tem Medo de Besteirol) que nós éramos os reinventores do gênero.” O diretor afirma que a essência do espetáculo é a mesma, “com os mesmos autores, a mesma atriz e a mesma direção. A gente tenta repetir o que construiu com uma nova roupagem, novos textos e novos personagens.” A atualidade vem para a cena com assuntos sobre ecologia e pandemia.” Texto Ana Paula Botelho assina o texto, ao lado de Marcelo Morato, desde a primeira montagem. O processo de criação deste novo espetáculo começou em 2020, um pouco antes do surgimento da pandemia. “Foi um trabalho em camadas. Muita coisa foi escrita, pensada, criada e descartada. Quando pensávamos que tínhamos uma estabilidade, a situação do país e do mundo apresentavam novidades que afetavam nossas mínimas certezas. Esse tempo de esforço, de dúvidas, de tentativas errôneas foi o que possibilitou a criação das novas cenas e praticamente de uma nova peça, com novas personagens, com novas questões e com novas soluções. O propósito da peça continua o mesmo: dialogar com o nosso tempo de modo crítico e divertido, trazendo novidades e criando bons momentos para o público”, afirma a autora. Cenografia e Direção de Arte de Clívia Cohen O cenário de Clívia Cohen tem conceito minimalista. A nave-lua, de estrutura metálica, receberá as projeções e servirá de anteparo, um elemento com o qual a atriz vai contracenar. “Xanda já brilha por si só, é one woman show. A cenógrafa também criou a ambientação na primeira montagem. Figurino de Edson Galvão “Minha inspiração baseou-se na humorista Lucille Ball, em Barbarella [personagem de história em quadrinhos, eternizada por Jane Fonda no cinema] e nas divas dos anos 40”, conta o figurinista e aderecista Edson Galvão, lembrando, ainda, da releitura feita sobre os anos 80. O criativo é apaixonado pelo projeto da peça, tendo também assinado o figurino em 2004. “Usei tecidos de algodão, uma lycra holográfica, paetês, franjas de canutilhos nas cores prata, branco e azul, as cores da lua”, explica ele, que para as peças da náufraga utilizou objetos plásticos. Os adereços de cabeça são usados basicamente em todas as roupas. Produção – “Queremos falar do aqui e agora, por meio de uma linguagem que permita uma identificação imediata e um olhar crítico sobre nossa época. Tudo com muita graça e humor. Porque, seja qual for a situação, uma das melhores saídas é aprender a rir de nós mesmos. O riso e a comicidade são trabalhados de forma inteligente e sem apelações. O espetáculo entretém o público, sem deixar de estimular a reflexão sobre os dias atuais”, conclui o diretor de produção Gustavo Nunes, ressaltando que a peça “é sobretudo uma história sobre mulheres e o humor que ameniza e torna a vida mais leve”. – Sobre Alexandra Richter – Dona de uma beleza sofisticada e humor na medida, Alexandra Richter é criadora de tipos impagáveis. A atriz é também produtora e esteve em cartaz com inúmeros sucessos de público, bilheteria e crítica como “A História de Nós 2” onde arrebata uma legião de fãs desde 2009 e “Salada”, da qual foi produtora, ambas sob a direção de Ernesto Piccolo, além de “Divã”, “Toalete” e “Esse Monte de Mulher Palhaça” e na brilhante comédia “Uma Loira na Lua” que ganha nova temporada em 2022, com direito a texto atualizado. Em 2022 sua personagem Duvíbora fez um sucesso em DPA 3 – Uma aventura no fim do mundo. Ainda no cinema esteve em outro estrondoso sucesso “Minha mãe é uma peça” onde foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante e as sequências “Minha mãe é uma peça 2” e “Minha mãe é uma peça 3” e ainda em “Divã”. Em breve em uma surpreendente atuação nas telonas em “Horizonte”. Atualmente na TV brinda o público com sua atuação magnífica como Julinha. Ainda na TV deu vida a personagens inesquecíveis como a dondoca Sônia Sarmento em Cheias de Charme, a vilã cômica Jackie em “Passione”, Maura Aguiar em “Malhação – Casa Cheia”, Luísa Veiga Azevedo Fraga em “Boogie Oogie”, em A Regra do Jogo foi Dalila Sampaio Stewart, Eva Barroso de “Rock Story”, como Monalisa em “O Tempo não para” e Irmã Anninka em “Desalma”. Sobre Luiz Antônio Rocha – diretor Produtor, autor e diretor teatral é um dos mais conceituados diretores de casting do mercado, segundo a revista Veja. Foi membro do conselho da Michael Chekhov Brasil e em 2012, fez parte do júri oficial do INTERNATIONAL EMMY AWARDS realizado em Nova York. É considerado como uma das revelações na direção da cena carioca indicado ao prêmio Shell de 2019 na categoria inovação pelo espetáculo “ Paulo Freire, o Andarilho da Utopia” sobre o patrono da educação brasileira. Sendo considerado por Flávio Marinho no seu livro “Quem tem medo de besteirol” como um dos reinventores do gênero. Seus espetáculos além de ficarem muito tempo em cartaz, possuem uma marca autoral com grande sensibilidade que valoriza a força do ator e da palavra. Seus últimos espetáculos são: “ O profeta” baseado na obre de Khalil Gibran, “Helena Blavatsky, a Voz do Silêncio”,“ Paulo Freire, o Andarilho da Utopia”, “Zilda Arns, a dona dos Lírios ; “Brimas” , “ Frida Kahlo, a Deusa Tehuana”, “ A história do Homem que ouve Mozart e da Moça do lado que escuta o Homem” , “Uma Loira na Lua”(2004); “Eu te darei o Céu” entre outros. Ficha Técnica Com Alexandra Richter. Direção: Luiz Antônio Rocha. Texto: Ana Paula Botelho e Marcelo Moratto. Colaboração de Texto: Luiz Antônio Rocha e Alexandra Richter. Direção Musical: Tony Lucchesi. Cenografia e Direção de Arte: Clívia Cohen. Figurino: Edson Galvão (Gal). Direção de Produção: Gustavo Nunes. Coordenação de Produção: Heldi Bazotti. Produção Executiva: Monica Farias. Assessoria de Imprensa: M. Fernanda Teixeira/Arteplural. Marketing: Diogo Gallindo. Design: Julliana Della Costa. Financeiro: Helber Santa Rita. Uma produção Arteplural e Turbilhão de Ideias. Patrocínio: Unimed Seguros. Serviço – UMA LOIRA NA LUATeatro Opus Frei CanecaEstreia dia 05 de agosto.Temporada de 05 de agosto a 25 de setembro de 2022Sexta e sábado às 20h. Domingo à 19h. Rua Frei Caneca, 569, Consolação. São Paulo. Cep 01307-001Ingressos – De R$ 25,00 a R$ 90,00 – para as sessões de sexta, sábado e domingo. |
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