Senival Moura (PT) é investigado pela polícia por suposto envolvimento com o crime organizado na Máfia dos Transportes
Da Redação – O delegado de Polícia Civil Gustavo Mesquita protocolou, na tarde desta terça-feira, um pedido de apuração sobre as denúncias de que o vereador Senival Moura (PT) teria ligação com o crime organizado. Bueno quer que o parlamentar seja investigado pela Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo. “Esses fatos gravíssimos têm que ser apurados. É inadmissível que um vereador supostamente envolvido em fatos como esse possa continuar exercendo suas funções na Câmara Municipal”, afirma Mesquita.
O delegado informa que baseou seu pedido de apuração no artigo 12 da Resolução 07 de 29 de maio de 2003, que prevê investigação a quem pratica irregularidades no exercício do mandato. “Como cidadão, tenho o direito de exigir que o vereador seja investigado, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara”, completa o delegado.
No último dia 9, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação para investigar uma suposta ligação do vereador com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Polícia, o grupo teria participação no transporte público da capital paulista. Entre os alvos da ação policial estão integrantes da direção da Transunião, empresa contratada pela Prefeitura de São Paulo para operar 50 linhas na capital.
Ainda de acordo com a polícia, Senival é investigado por suspeita de envolvimento na morte de um ex-diretor da empresa de ônibus Transunião, que. O parlamentar nega as acusações.
O vereador Delegado Palumbo protocolou um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o suposto envolvimento de Moura com a Máfia dos Transportes. “Eu e o vereador Palumbo iremos até o final para apurar esse esquema espúrio de corrupção envolvendo transporte público em São Paulo. Há anos se fala da ligação entre o poder público e o crime organizado nesse setor e ninguém faz nada para mudar essa situação”, afirma Mesquita.
Esquema
De acordo a polícia, o vereador também é suspeito de envolvimento em um suposto esquema de lavagem de dinheiro do PCC. As investigações do DEIC começaram com a apuração da morte de Adauto Soares Jorge, ex-diretor financeiro da Transunião.
Segundo a polícia divulgou, Adauto seria “testa de ferro” do vereador Senival Moura na direção da empresa, utilizada para a lavagem de dinheiro de membros do PCC.
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