O mês é marcado pela cor azul como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo
Da Redação – Estabelecido pela Organização das Nações Unidas -ONU, o mês de abril é marcado pela cor azul como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo, assim como dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente chamado de autismo, é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões comportamentais restritos e/ou repetitivos.
A capacidade intelectual de um indivíduo com TEA pode variar entre deficiência grave a desempenho superior. Suas causas ainda são incertas, mas estudos têm demonstrado que estão majoritariamente associadas à fatores genéticos, com pouca influência de fatores ambientais.
De acordo com estimativa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 1 a cada 44 crianças são identificadas como portadoras do transtorno, com ocorrência maior em crianças do sexo masculino.
Apesar da alta prevalência, ainda não há medicamentos aprovados para o tratamento dos sintomas primários do TEA. A farmacoterapia se aproveita de medicamentos utilizados em outras condições, como antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes, antipsicóticos, anticonvulsivantes, entre outros, dentro do que é chamado de “uso off-label”. O manejo pede uma abordagem multidisciplinar, envolvendo também intervenções comportamentais, pedagógicas e terapias complementares de maneira individualizada.
O uso de produtos derivados da Cannabis tem se mostrado uma alternativa promissora, já que atuam principalmente por meio do Sistema Endocanabinoide. Estudos recentes mostram que o uso de extratos ricos em CBD pode promover ganhos sociais e comportamentais significativos, melhorando déficits de interação e comunicação, sintomas relacionados à hiperatividade e déficit de atenção, distúrbios do sono e comportamentais. Os benefícios também podem se estender para ganhos cognitivos, motores e de autonomia.
Com a crescente incidência do transtorno e a falta de uma medicação específica, a necessidade de uma terapia farmacológica efetiva e segura é cada vez maior. Para que isso seja possível, é preciso compreender melhor os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da doença. Ao mesmo tempo, cresce o interesse em investigar o potencial terapêutico dos canabinoides.
Com baixo índice de efeitos colaterais, é possível que os produtos derivados da Cannabis se tornem uma opção cada vez mais plausível no tratamento do TEA. Mais estudos devem ser feitos para comprovar os possíveis benefícios e riscos associados.
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