As apresentações, no teatro da unidade, serão às sextas e sábados; ingressos podem ser adquiridos online a partir de terça-feira, às 14h, e presencialmente a partir da quarta (17h), na semana de realização do show
Da Redação – Março chega com uma programação especialmente generosa para os fãs de música, no Sesc Santo André. Pensado para contemplar várias gerações e estilos, o cardápio do mês traz 7 shows diferentes, às sextas (às 21h) e sábados (às 20h).
A agenda abre com a banda que é um clássico do rock brasileiro: Golpe de Estado. A partir daí, passeia pela representatividade feminina de Luedji Luna, mergulha no universo celta com o folk metal da Tuatha de Danann, vibra no mix pop garage do Autoramas, embala no forró sedutor de Mariana Aydar, exalta o blues autoral brasileiro do Blues Etílicos e fecha em grande estilo, com a profusão de sons e ritmos nordestinos de Siba.
AGENDA Dia 04/3, sexta, às 21h.
Golpe de Estado – O novo álbum, oitavo do grupo Golpe de Estado, conta com 9 faixas gravadas no Orra Meu! Estúdios em São Paulo. Nelson Brito, baixista e fundador do grupo comenta o título do novo trabalho: “Um dos temas mais recorrentes nas letras do Golpe, em toda sua discografia, foi reportar o que acontece nas grandes cidades, o cotidiano urbano caótico de Sampa”.
Produzido pelo guitarrista, Marcello Schevano, o álbum está cheio de referências da identidade musical da banda, que já acumula na carreira 36 anos de história. A mixagem e masterização do trabalho ficaram a cargo da equipe do Orra!, Gustavo Barcellos e José Maron.
Schevano explica a sonoridade do novo trabalho: “Para mim a oportunidade de produzir um ´full album´ do Golpe é algo que vai marcar minha carreira, também por isso todo o cuidado com as composições, produção de áudio e musical. Já possuímos uma identidade sonora marcante que obviamente não foi abandonada, apenas atualizada”.
E por falar em identidade, a banda resgatou o artista plástico Chico Guerreiro para elaboração da arte da capa de “Caosmópolis”. O artista, que assinou as capas dos LPs clássicos “Forçando a Barra” e “Quarto Golpe”, além do primeiro disco da banda, volta para dar vida à capa do novo trabalho do grupo. Outro resgate importante do grupo foi a participação do trombonista Bocato, na faixa título. Além dele, diversas faixas receberam arranjos de sopro com participação de Paulo Pizulin, no trompete, e Andre Knobl, no sax, ambos da NEUROZEN. Com esse lançamento, a banda encerra um hiato de 10 anos sem gravação de estúdio e cai na estrada. O roteiro da nova turnê conta com diversas faixas do álbum, além, claro, de vários clássicos revisitados. Ficha Técnica Golpe de Estado
Nelson Brito (baixo); Marcello Schevano (guitarra); João Luiz (vocais) e Roby Pontes (bateria) Músicos Convidados
Matheus Schanoski (teclados); Bocato (trombone); Paulo Pizulin (trompete) e André Knobl (Sax) *** Dia 05/3, sábado, às 20h
Knobl (Sax) *** Dia 05/3, sábado, às 20h Luedji Luna
Cantora e compositora baiana, Luedji Luna é um nome que tem se destacado no cenário da música brasileira atual. Tem dois discos e um EP lançados e agraciados: Prêmio Afro 2017, Prêmio Bravo 2018 e WME Awards 2020, além de ser indicada ao Grammy Latino de 2021. Também integrou os projetos Acorda Amor e Ayabass, e diversas colaborações musicais. Participou de dois renomados programas de música internacionais: Tiny Desk Concert e COLORS e realizou turnês internacionais no Canadá, EUA e Europa. Show “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água”
O novo álbum e show de Luedji Luna chega após três anos do lançamento do primeiro disco, o aclamado “Um Corpo no Mundo”. Este segundo trabalho inaugura um novo momento na carreira e na vida da cantora: a maternidade. A obra é ela em sua essência: leveza e força. As canções transitam entre o jazz e os ritmos africanos, e são como um mergulho nas águas quentes da Bahia. Com sofisticação e ousadia, características que a compositora baiana vem trazendo desde o seu primeiro trabalho, o álbum é político sem ser panfletário e romântico sem ser clichê.
*** Dia 12/3, sábado, às 20h Tuatha de Danann
Fundada em 1995 na cidade de Varginha, Minas Gerais, a banda é conhecida por unir vertentes musicais distintas, como o heavy metal e música celta, e surpreendeu a cena musical alternativa logo de cara com a demo-tape “The Last Pendragon”. O Show Para celebrar os 25 anos de banda, o Tuatha de Danann lança sua primeira antologia “…of Trovas and Spells”, que contempla os 7 álbuns de sua carreira, com canções que representam todas as diferentes facetas da banda e contam sua história em forma de música. No ano da pandemia do Coronavírus, a banda lançou, com apoio direto dos fãs, seu sétimo álbum: “In Nomine Éireann”, trabalho que presta um tributo à cultura e música irlandesa, e contou com a participação de diversos artistas de renome internacional como John Doyle (Solas), Keith Fay (Cruachan) e Marc Gunn (Brobdingnagian Bards), entre outros. Neste trabalho, embora se trate de música tradicional, o material foi reelaborado e ressignificado para os tempos atuais, de canções criadas há séculos sob um contexto de opressão colonial, tirania e abusos, ou seja, temas pertinentes e contemporâneos.
***Dia 18/3, sexta, às 21h Autoramas
Uma das principais bandas do cenário independente nacional, o grupo carioca sobe ao palco do Sesc Santo André, para apresentar o show de seu mais novo álbum, “Autointitulado”. Os riffs e os efeitos originais de guitarra, o baixo com distorção, as batidas dançantes, as letras e melodias características daquela mistura de surf, garage, bubblegum, punk espacial e iê-iê-iê são a marca registrada do Autoramas. São mais de 20 anos de estrada, 9 discos, shows em todos os Estados do Brasil e em 23 países, totalizando 48 viagens internacionais. Considerados pela Rough Trade britânica como a mais importante banda independente do Brasil. Show “Autointitulado” O nono álbum da banda, reforça nas letras o que o Autoramas sempre foi, mas traz também a marca dos tempos de hoje: “A vida fica dura sem amaciante” (Estupefaciante); “O que te conforta também vicia” (No Dope); “Querer que o mundo desapareça” (Nóias Normais); “Às vezes parece que eu vivo o mesmo dia todos os dias” (Dia da Marmota); “O tempo apressado pediu ao tempo estressado um pouco mais de tempo pra conseguir pensar” (Sem Tempo). “Autointitulado” mostra o grupo totalmente em forma, mantendo sua assinatura e ávido pela estrada, seu habitat natural. Ficha Técnica Gabriel Thomaz (Voz e Guitarra); Érika Martins (Voz e teclado); Fábio Lima (Bateria); Jairo Fajersztajn (Baixo)
**Dia 19/3, sábado
**Dia 19/3, sábado
O forró é a influência musical mais marcante no som de Mariana Aydar, que alia sofisticação e contemporaneidade às suas raízes da música nordestina. A paixão nasceu na infância, no colo de Luiz Gonzaga; percorreu a juventude como backing vocal de Daniela Mercury, passando por muitas casas de forró com sua banda Caruá. Ela sempre esteve em meio a xotes, xaxados e baiões. A paixão pela cultura do Nordeste pautou a estreia como diretora de cinema – ao lado de Joaquim Castro e Dudu Nazarian – no filme “Dominguinhos” (2014), documentário sobre o músico com quem teve uma relação especial. Para difundir a música nordestina, criou o bloco “Forrozin”, que fez um debut inesquecível no carnaval de São Paulo, em 2018, ao lado de Gilberto Gil. No Carnaval de 2019, mais uma vez, arrastou uma multidão de foliões para a Avenida Ipiranga com a São João. Considerada um elo entre o novo e o tradicional, a cantora lançou-se sem medo às novas experiências, retomando suas origens forrozeiras e voltando a ser uma compositora atuante.
Uma voz feminina empoderada, necessária e atual em um ambiente marcado pelo conservadorismo. Show “Veia Nordestina” Neste show, Mariana apresenta seu disco “Veia Nordestina”, lançado pelo selo Natura Musical em 3 EPs de streaming ao longo de 2019 e formando um disco físico no final do ano. O repertório do show é composto por músicas de autoria própria e de compositores contemporâneos que integram o disco, como Isabela Moraes, Duani e Juliana Strassacapa. Nessa volta ao forró, Mariana também relembra os clássicos do repertório de seu mestre e amigo, Dominguinhos, que fazem parte de suas regravações como “Te Faço um Cafuné” e “Preciso do Teu Sorriso” além de outros sucessos do balaio forrozeiro como “Feira de Mangaio”, “Forró do Xenhenhém” e “Frevo Mulher”. Ficha Técnica Cosme Vieira (sanfona); Feeh Silva (zabumba); Bruno Marques (MPC e SPD); Rafa Moraes (guitarra); Magno Vito (baixo e synth bass) Dani Acioli (cenário e figurino)
*** Dia 25/3, sexta, às 21h Blues Etílicos
Blues Etílicos – Foto: Miguel Mello O grupo de blues há mais tempo em atividade no Brasil apresenta o show de lançamento de seu disco comemorativo: “Blues Etílicos 35 anos”. Ao longo da carreira, a banda carioca lançou cerca de 50 músicas autorais. Nesse álbum comemorativo, revisitou seu repertório, incluindo duas músicas que não havia gravado: “Mandala Boogie”, com participação especial de Kassin, na guitarra cítara, e “Waterfalls”. Muitas das músicas escolhidas receberam novas roupagens, como “Safra 63” e “Mona’s Blues”. A brasilidade está presente no arranjo para a música tradicional de capoeira “Dente de Ouro”, e na canção autoral “Beco Escuro”. A temática etílica está em “Puro Malte” e na parceria com Fausto Fawcett, “Cerveja”. É inegável que o grupo tem o seu som fundamentado no blues. Ainda assim, percebe-se a influência do rock norte-americano da década de 70, de bandas como Allman Brothers e Fabulous Thunderbirds. Mantendo quatro dos seus integrantes originais desde o primeiro álbum, lançado em 1987, eles chegam a esse aniversário não só como uma única banda de blues rock autoral brasileira a prosperar, mas como uma das raras bandas nacionais a manter uma tradição onde a banda é o artista, não apenas um grupo de músicos profissionais contratados por um artista. É o conceito de banda como uma simbiose de indivíduos que juntos criam uma identidade musical distinta. Nesse aspecto, o Blues Etílicos se tornou uma raridade. Ficha Técnica Greg Wilson (guitarra e vocais); Flávio Guimarães (gaita e vocais); Otávio Rocha (guitarra); Claudio Bedran (baixo); Beto Werther (bateria); Roberto Reis (engenheiro de som); Nathalie Delahousse (produção artística); Delahousse Produções (produção executiva).
***Dia 26/3, sábado, às 20h Siba
Siba, Mestre Nico e Rafael dos Santos – Foto: Zé de Holanda Nascido no Recife, em uma família que até hoje mantém forte ligação com suas origens rurais, Siba cresceu entre a cidade e o interior, dois mundos que fazem parte de um mesmo todo.
Desde seus primeiros contatos com as tradições da Mata Norte, começou uma longa história de aprendizado e colaboração, exercitando ao longo dos anos os fundamentos da poesia ritmada para se tornar um dos principais mestres da nova geração do maracatu e dos cirandeiros.
Ao mesmo tempo, como membro da banda Mestre Ambrósio, desenvolveu um estilo musical inovador e singular. Em 2002, formou o grupo Fuloresta, com músicos tradicionais de Nazaré da Mata, Zona da Mata Norte de Pernambuco.
O álbum de estreia, “Fuloresta do Samba”, foi lançado em 2003. Show “Fazendo o Ar Derreter” Projetado para o Carnaval de 2022 e com uma formação inédita, onde Siba é acompanhado por Mestre Nico e Rafael dos Santos, o repertório parte do seu álbum mais recente, Coruja Muda, mas também traz elementos dos seus outros trabalhos como Baile Solto, Avante e Fuloresta, explorando um território novo, mas, mantendo as sínteses rítmicas que acompanham o artista desde sempre, bem como a música de rua e a poesia rimada.
***Protocolos – Para adentrar as unidades do Sesc, no estado de São Paulo, é necessário apresentar comprovação da vacina contra a Covid-19, junto com um documento com foto.
Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as DUAS doses ou dose única da vacina. – Crianças de 05 a 11 anos devem apresentar o comprovante evidenciando UMA dose (conforme calendário do município). O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConectSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Mais informações em: www.sescsp.org.br/voltagradual.
O uso de máscaras cobrindo nariz e boca é obrigatório durante o tempo de permanência nos espaços. Teatros – Os teatros do Sesc operam, neste momento, com capacidade reduzida de público. Com distanciamento seguro entre fileiras e cadeiras e uso obrigatório de máscaras cobrindo nariz e boca durante todo tempo de permanência, a unidade segue rigorosamente os protocolos para contenção do coronavírus. Os shows, peças teatrais, espetáculos de dança e circo tem ingressos marcados, que podem ser adquiridos online, pelo Portal Sesc SP, ou presencialmente nas bilheterias das unidades que integram a Rede Sesc SP.
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