Confiança do consumidor paulista atinge nova mínima histórica, segundo ACSP

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Da Redação – Em março de 2016, a confiança do consumidor paulista bateu novo recorde histórico de baixa e marcou 57 pontos, três a menos em relação a fevereiro. É o que aponta o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi o menor valor desde que o INC começou a ser feito, em 2005. A escala do INC vai de zero a 200 pontos. O intervalo entre zero e 100 pontos representa o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o campo do otimismo.

Em janeiro e fevereiro de 2016, o INC do Estado de SP já havia chegado a uma mínima histórica, com 60 pontos em ambos os meses. Já há um ano (março/2015), a confiança dos paulistas era de 104 pontos. “São Paulo sofre mais porque o setor industrial tem sido o mais castigado – o estado é o maior centro industrial do País”, avalia Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Brasil – A confiança do consumidor brasileiro também está nos patamares mais baixos da série histórica e marcou 73 pontos em março – três a menos do que em fevereiro. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número representa um forte recuo de 44 pontos (em março de 2015 o INC marcou 117 pontos). O pior resultado da série histórica foi em novembro de 2015, com 72 pontos.

Encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, a pesquisa foi feita em todas as regiões brasileiras, por meio de entrevistas domiciliares, entre os dias 13 e 30 de março.

Para o presidente da ACSP, não é possível prever como o INC vai se comportar nos próximos meses. “As vendas se deterioraram no primeiro trimestre, embora o INC esteja estabilizado desde outubro de 2015 na casa dos 70 pontos, sugerindo que – na opinião dos consumidores brasileiros – a economia não deve melhorar nem piorar no curto prazo. É importante destacar que há uma grande incerteza no campo político-institucional que deixa tudo muito nebuloso”, diz Alencar Burti.

Em março, a confiança do consumidor da região Norte/Centro-Oeste foi de 76 pontos, contra 79 em fevereiro e 134 há um ano. No Nordeste, o INC marcou 88 pontos, sobre 91 em fevereiro e 126 há um ano. A confiança no Sudeste foi de 65 pontos, uma queda de cinco pontos ante fevereiro. Esse recuo um pouco mais elevado em relação às outras regiões se deve provavelmente ao aumento do desemprego, já que a região abrange três das principais áreas metropolitanas do País. Já em março do ano passado o INC do Sudeste foi de 107 pontos. O Nordeste é a região menos pessimista, com 88 pontos em março sobre 91 no mês anterior. Há um ano, o índice registrou 126 pontos na região.

A classe A/B continuou a mais pessimista em março, com um índice de confiança de 60 pontos (63 em fevereiro e 97 há um ano). Na classe C, o INC também caiu, marcando 74 pontos em março contra 77 em fevereiro. Em março de 2015 o resultado foi de 123 pontos. Por fim, na classe D/E o indicador registrou 85 pontos em março: dois a menos sobre fevereiro e 121 há um ano.

O INC foi elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares em 72 municípios, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE. A margem de erro da pesquisa é de três pontos.

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