Prefeitura remove a montanha de lixo que envergonhava Diadema

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As 15 mil toneladas causavam danos à saúde de moradores do Inamar

Da Redação – A questão do lixo em grandes cidades é um dos mais graves problemas metropolitanos. Para evitar danos ambientais e sociais à população, o sistema de limpeza urbana de recolhimento e destinação de resíduos precisa funcionar como um relógio e não pode atrasar.

Nos últimos anos, com a desorganização administrativa da Prefeitura, o sistema de limpeza ruiu. Com isso, Diadema regrediu e viu surgir um imenso e degradante lixão a céu aberto em plena área residencial do bairro Inamar, especificamente nos loteamentos Amuhadi I e II.

Sem deixar de enfrentar a pandemia do Covid-19, o governo Filippi priorizou, assim que tomou posse, a reorganização do sistema de limpeza urbana e, de modo especial, a precária condição da Estação de Transbordo do Inamar. No local, jaziam acumulados cerca de 15 mil toneladas de lixo que formava uma montanha.

O caótico cenário, conhecido como a “serra pelada” de Diadema, piorou depois do desmoronamento do muro, uma vez que o local passou a ser invadido por catadores de lixo. Com isso, a partir de janeiro, além da limpeza da área, a Prefeitura providenciou o cadastramento daquelas pessoas que, desde então, seguem assistidas por programas sociais e de geração de trabalho e renda.

Agora, em menos de um ano de trabalho, o prefeito José de Filippi Júnior anuncia e comemora o fim da montanha de lixo que poluia e era motivo de indignação para Diadema. Mas o prefeito faz questão de destacar que o mérito e esforço foram da Prefeitura toda.

“Ninguém faz nada sozinho. Somos um time que joga redondo e coletivamente para oferecer à população uma cidade mais saudável, humana e sustentável. Ainda teremos muito trabalho pela frente para reorganizar, reconstruir e melhorar Diadema. Mas queremos trabalhar sempre em sintonia com todos os segmentos”, declarou o prefeito Filippi.

Estação de Transbordo

De acordo com Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos de Diadema, o licenciamento ambiental da Estação de Transbordo do Inamar, que estava vencido, está sendo regularizado junto a Cetesb. Para isso, a Prefeitura já removeu o lixo acumulado, reconstruiu o galpão, consertou o muro e implantou serviço de vigilância 24 horas.

A estação havia sido construída há cerca de 10 anos, durante a Gestão Mário Reali. À época, a Prefeitura contou com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Dilma.

Segundo o diretor de Limpeza Urbana, Osvaldo Misso, agora o lixo coletado não fica mais parado nem acumulado e, na Estação de Transbordo, o serviço segue organizado e disciplinado. Ele explica ainda que Diadema produz em média 13.000 toneladas de lixo por mês, portanto, a Estação de Transbordo recebe 3.250 caminhões de coleta e despacha quase 500 carretas para o aterro sanitário.

Atualmente, a Prefeitura destina cerca de R$ 50 milhões do orçamento para manter a limpeza da cidade durante o ano.

“A educação ambiental ensina que todo cidadão é responsável pelo seu próprio lixo. Infelizmente, o governo passado não fez a lição de casa e produziu aquela montanha de lixo. Por isso, vale lembrar sempre que a estação é de transbordo, mas não é pra transbordar”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Wagner Feitoza, o Vaguinho.

Moradores comemoram

A montanha de lixo impactava e prejudicava a vizinhança: barulho, mau cheiro, poeira, roedores, entre outros problemas. Cerca de quatro mil pessoas moram nas imediações da Estação de Transbordo do Inamar. Uma delas é a dona de casa Maria Helena Conceição Souza, que mora no loteamento há 20 anos e conta que fez muitos abaixo-assinados e denúncias. Agora, agradece imensamente à Prefeitura, mas também reivindica que não haja retrocesso e que os melhoramentos continuem.

“A situação por aqui era tão triste e horrível que cheguei a pensar em vender a casa e mudar daqui. Estou muito feliz e voltei a ter prazer de curtir a minha varanda e ver crescer as árvores que plantei”, festejou dona Maria Helena.

Criada em 1991, a Associação de Mutirão Habitacional de Diadema (Amuhadi) representa cerca de 1.400 famílias que residem nos loteamentos vizinhos à Estação de Transbordo de Lixo.

Para a direção da Amuhadi, aquela montanha de lixo causava danos ao meio ambiente e impactava a saúde física e psicológica da população do entorno, mas também degradava e envergonhava a cidade toda.

“Nós lutamos com muita garra para denunciar o descaso e a má gestão dos resíduos sólidos. Agora, com muita alegria comemoramos, parabenizamos e reconhecemos a eficiência da equipe do governo Filippi. Por isso, queremos somar esforços com a Prefeitura para a continuidade dos investimentos no Inamar”, disse a presidente da entidade, Laura Marques da Silva.

Coleta seletiva e mais ecopontos

A partir de 2022, a Prefeitura de Diadema vai implantar a coleta seletiva porta a porta. Com essa atitude ambiental a cidade vai diminuir a quantidade de lixo destinado ao aterro, beneficiar o meio ambiente, gerar trabalho e renda para cooperativas de catadores e recolocar a cidade no trilho da sustentabilidade.

Outra medida importante para a limpeza da cidade e a vida da população é a construção de mais ecopontos em bairros que ainda não têm esse serviço.

Até o final do ano, será inaugurado um novo Ecoponto Municipal, na avenida Casa Grande. E, nos próximos meses, a Prefeitura vai construir outro ecoponto, na avenida Maria Leonor, no Parque Reid, em parceria com a Ecovias.

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