Da Redação – Na noite desta terça-feira (9/11), no anfiteatro do Quarteirão da Saúde, foi realizada audiência pública referente à apresentação de ajustes a ser feitos no Plano Diretor, mecanismo que estabelece diretrizes para o desenvolvimento urbano do município. As propostas apresentadas são um ponto de partida para discussão e dizem respeito a alterações pontuais do atual plano, que data de 2019.
Na audiência, aberta à participação popular, foram debatidos pontos como o estímulo à produção de moradia para famílias de baixa renda; a convivência entre usos habitacionais e de atividade econômica (comércio, serviços e indústria); mudanças na redação do plano, visando maior transparência na aplicação de instrumentos urbanísticos voltados à aprovação de projetos na cidade; e incentivos à qualificação ambiental e urbana.
“O Plano Diretor é a lei básica de ordenação do território, que é quem vai dizer para onde a gente vai, para onde se expande a cidade. A realidade urbana é dinâmica e essa documentação deve ser atualizada periodicamente para acompanhar as mudanças sociais e estruturais da cidade”, disse Cristiane Dutra, diretora de Desenvolvimento Urbano.
“Hoje estamos abrindo a discussão para a sociedade, para as entidades, mas já fizemos um período interno importante, dialogando com as outras secretarias. Precisamos pensar numa cidade com desenvolvimento econômico, com oportunidades de moradias para quem precisa, fortalecendo o crescimento imobiliário e o crescimento industrial e de serviços”, disse o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano (SHDU), Ronaldo Lacerda.
Compuseram a mesa de discussão o prefeito José de Filippi Jr., o secretário Ronaldo Lacerda, a diretora Cristiane Dutra e a assistente de Secretaria da SHDU, Patrícia Cavalcanti. Compareceram ao evento diversos outros secretários, técnicos da Prefeitura, representantes do Poder Legislativo, de movimentos de moradias e de entidades, além de munícipes interessados nos rumos da cidade.
JUSTIÇA SOCIAL
O prefeito José de Filippi Jr. defendeu que o crescimento imobiliário na cidade seja feito em consonância com a prioridade a ser dada às pessoas em situação de maior vulnerabilidade social e econômica.
“Tem quase dez mil unidades para ser aprovadas no nosso setor de aprovação. Não queremos congelar a cidade, deixar que não tenha investimento, mas queremos investimento para priorizar quem mora aqui, quem precisa de casa aqui, priorizar as pessoas que ganham menos, ter emprego industrial e cuidar do meio ambiente.”
Indo na mesma linha, Cristiane Dutra, diretora de Desenvolvimento Urbano, lembrou que a grande densidade populacional de Diadema exige grande atuação na área de moradia, já que grande parte da população não tem condições de comprar um imóvel oferecido em condições de mercado. “Temos muita gente em pouca terra, é uma população que se concentra na média e na baixa renda e para ter moradia adequada precisa da atuação do poder público e dos demais atores sociais.”
Ao fim da audiência pública, foi aberto espaço para participação dos presentes. Entre as manifestações estavam a sugestão da instalação de ciclovias, incentivos à instalação de indústrias e elogios à participação popular nas discussões dos ajustes do Plano Diretor, entre outros pontos.
As próximas audiências relativas aos ajustes no Plano Diretor seguirão o cronograma abaixo.
16/11, às 14h: entidades e setores representativos profissionais, universidades, e conselhos municipais
17/11, às 18hs: Conselho do FUMAPIS, associações, movimentos de moradia e assessorias técnicas
22/11, às 14h: escritórios de arquitetura/engenharia e técnicos atuantes na aprovação de projetos no município
23/11, às 14h: entidades e representantes do comércio, serviços e indústria
29/11, às 14h: construtoras, incorporadoras e imobiliárias
– Todas as audiências serão no anfiteatro do Quarteirão da Saúde (Avenida Antônio Piranga, 700, Centro, Diadema
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