Os ‘vilarejos andreenses’: comunidades de Santo André parecem com pequenas vilas

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Núcleos habitacionais como Gonçalo Zarco e Jardim Primavera são locais de baixa densidade demográfica

Da Redação – Santo André possui cerca de 724.000 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O município registra mais de 160 comunidades, conhecidas oficialmente como núcleos habitacionais. Assim como outros locais, há favelas com alta densidade populacional, sendo maiores do que muitos municípios paulistas, mas a região também possui comunidades pequenas, chamadas pelos moradores de ‘vilas ou vilarejos andreenses’.

O núcleo Gonçalo Zarco, na Vila Aquilino, é uma delas. Com cerca de cinco ruas encontradas oficialmente no mapa, a comunidade é descrita como bem organizada e unida. “O Gonçalo Zarco é mesmo uma vila pequena. É cheia de vida e cores, com muros que têm arte em grafite, inclusive com homenagens aos primeiros moradores, além de espaços revitalizados e com plantas para combater pontos de descarte irregular de resíduos”, afirma a moradora e líder comunitária Rejane Alves da Silva, que reside há cerca de 15 anos no local.

Ela comenta que os moradores se mobilizam para limpar e conservar a comunidade. “Mesmo com alguns problemas, principalmente de lixo, por ser um local pequeno, a gente consegue conversar e fazer mutirões para deixar o ambiente saudável”, explica.

O Jardim Primavera, que fica no bairro Jardim Las Vegas, também é outra pequena comunidade. Com cerca de 290 famílias, o local já pertenceu à cidade de São Bernardo do Campo, mas a partir dos anos 2000 foi integrado ao município de Santo André. Moradora da região, Osvaldina Martinha Gomes Oliveira, uma das primeiras pessoas a residir na área, lembra que no começo da ocupação não havia luz, água, energia e asfalto, mas que, após o processo de urbanização, o local passou a não ser mais visto como favela.

“O Jardim Primavera deixou de ser favela para se tornar como se fosse uma vila, o que valorizou o local. Moradores de áreas vizinhas até passaram a enxergar a comunidade com outros olhos”, explica Osvaldina, complementando que a população também cuida do local e tem um convívio harmonioso.

Tanto no núcleo Gonçalo Zarco quanto no Jardim Primavera as casas são de alvenaria, sem a presença de barracos. As duas comunidades têm saneamento e infraestrutura, como ruas asfaltadas, CEP, iluminação de LED e água encanada. A história das duas comunidades foi retratada pelo projeto TV Web das Favelas, realizado pelo MDDF (Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Núcleos Habitacionais de Santo André). As entrevistas estão disponíveis em https://bit.ly/2ZGXtDN

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