Bárbara e Ana Luísa apresentam performances memoráveis no Mundial

As brasileiras ocupam a 11ª e a 22ª colocações, respectivamente, no individual geral do Mundial de Ginástica Rítmica, e receberam muitos elogios dos árbitros

Da Redação – As ginastas do Brasil tiveram desempenho para entrar para a história no primeiro dia de qualificatórias do Mundial de Ginástica Rítmica de Kitakyushu, no Japão. Bárbara Domingos, na soma das notas de arco e bola, terminou o dia na 11ª colocação, com 47,300, a pouco mais de dois pontos de distância da ucraniana Khrystyna Pohranychna, que ocupa a oitava colocação no momento, com 49,550.

Trata-se da melhor posição já obtida pela GR do Brasil ao final do primeiro dia de qualificação num Mundial. Já a jovem Ana Luísa Neiva, que disputa seu primeiro Mundial adulto, soma 43,050, e figura na 22ª colocação. A outra ginasta do continente mais próxima, a norte-americana Evita Griskenas, está no 25º lugar, com 42,450.

No arco, Bárbara ficou na 12ª posição, com 23,550, muito perto da zona de classificação. A ucraniana Victoriia Onopriienko, avançou na oitava posição com 24,050, apenas meio ponto a mais. Já Ana Luísa recebeu nota 20,900, a 26ª. Na bola, Bárbara conseguiu o 13º lugar (23,750), enquanto a atleta brasiliense, com 22,150, ficou na 27ª posição.
Na arbitragem, o Brasil também recebe reconhecimento. Leonardo Palitot fez o juramento dos árbitros na cerimônia de abertura, representando toda essa categoria, e Márcia Aversani integra o júri superior.

“Esse reconhecimento é ótimo. Nós, árbitros, somos avaliados a cada participação numa etapa de Copa do Mundo ou num Mundial. Com base nessa avaliação, podemos ser indicados para atuação em júri superior ou em júri-referência, ao qual cabe dar as notas que servirão como parâmetro num determinado aparelho. No meu caso, estou no júri superior, avaliando as faltas técnicas do aparelho arco. Isso tudo é muito importante para a imagem do Brasil na ginástica rítmica: enviar equipes completas, tanto no conjunto como no individual, obter classificações boas, ter árbitros reconhecidos”, diz Márcia.

A árbitra avaliou como muito positivo o desempenho das duas brasileiras na competição individual. “A Babi vai se afirmando como um dos grandes nomes internacionais da GR no próximo ciclo olímpico. Devemos frisar que hoje ela é a líder entre as ginastas das Américas. E Ana Luísa também teve excelente participação. É o primeiro Mundial adulto dela, e vimos uma apresentação muito segura e sem falhas”.

Palitot também destacou os méritos na participação nacional. “Ana Luísa e Bárbara foram fenomenais. As duas foram muito comentadas e elogiadas pelos árbitros. Basta lembrar que o Brasil terminou o primeiro lugar em sexto lugar por equipes. A Ana Luísa foi a primeira ginasta a se apresentar com a bola. Estava muito concentrada e determinada. Em seguida, a Babi se apresentou. É a primeira vez na história dos Mundiais que uma brasileira termina numa classificação tão boa no individual geral. As duas já chegaram dizendo a que vieram e provaram na quadra que a GR do Brasil está no caminho certo, com coreografias sintonizadas com o código de pontuação. Foi um dia memorável!”