Simuladores continuam sendo essenciais para conscientização de condutores

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Mesmo os simuladores não sendo mais obrigatórios para quem deseja tirar a habilitação ou para reciclagem de condutores, a tecnologia continua sendo vista como para diminuir acidentes no trânsito e preservar vidas. A tecnologia, além de levar a conscientização, pode ser até 34% mais barato do que uma hora/aula diurna e até 41% mais barato do que uma hora/aula noturna

Da Redação – Desde 13 de junho de 2019 passa não ser mais obrigatório o uso de simuladores para novos condutores – equipamentos que simulam situações do cotidiano dos motoristas, como condições climáticas adversas, efeitos de bebidas alcoólicas e uso do celular. Ainda assim, devido a permissão do uso facultativo da tecnologia em alguns estados, como São Paulo, muitas autoescolas investem nos simuladores como aliados do aprendizado e capacitação dos alunos.

No estado de São Paulo, várias autoescolas usam o ProSimulador para formar novos condutores. Na capital paulista cerca de 2.068.526 alunos passaram pelo equipamento, assistindo a um total de 12.979.080 aulas. No último ano, mesmo com a pandemia, os simulares receberam 64.534 alunos, reproduzindo um total de 312.138 aulas.

Segundo a especialista em simulação e diretora da ProSimulador, Sheila Borges, a tecnologia pode ser a chave para diminuir o alto índice de acidentes de trânsito, sem contar que é mais econômico para o bolso dos condutores. “O simulador, além de colocar o aluno em uma realidade muito similar à vivida no trânsito, porém em um ambiente totalmente monitorado e seguro, também pode ser até 34% mais barato do que uma hora/aula no carro durante o dia e 41% mais barato do que uma hora/aula noturna”, afirma.

Regras X tecnologia – Qual a chave que leva à conscientização dos condutores?

Pesquisas apontam que os índices de acidentes no trânsito só aumentam. Destacando apenas os ocasionados por falar ou manusear o celular ao dirigir, por exemplo, dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) revelam que eles representam 57% dos acidentes entre pessoas de 20 a 39 anos.

Embora falar ou manusear o celular ao dirigir seja uma infração gravíssima, levando o condutor a perder entre quatro e sete pontos na carteira, além de pagar uma multa que pode chegar até R$293,47, essas penalidades não têm sido eficientes na diminuição do número de acidentes. Para a diretora do ProSimulador, o segredo para a diminuição de tantas infrações e mortes no trânsito está na conscientização do condutor, e o simulador pode ser um dos caminhos para isso.

“É uma tecnologia que deve ser encarada como ferramenta que ajuda a preservar vidas. Uma das aulas dos simuladores, por exemplo, é 100% voltada ao que acontece com o condutor ao usar o celular no volante. Em um equipamento virtual e totalmente seguro, o aluno consegue mensurar as consequências desse tipo de imprudência sem precisar passar pelo trauma da experiência na vida real, levando-o a ter uma postura bem mais responsável”, complementa.   

Para Sheila, regras e penalidades não deviam ser usadas como ferramentas de conscientização. “Embora a penalidade tenha o seu papel e continue sendo importante, ela não vai ensinar os motoristas sobre os riscos envolvidos com o uso do celular ao dirigir até que aconteça um acidente fatal. Se o condutor tiver treinamento, capacitação, aprimoramento e reciclagem com ajuda desses simuladores, isso vai implicar na diminuição de acidentes e fatalidades no trânsito”, finaliza a diretora do ProSimulador.

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