Internet: vilão ou mocinha?

Em nota, ABIA repudia Bolsonaro por disseminar a ignorância com falsa associação entre AIDS e vacina contra a Covid-19Palavra de Internauta

Mestre

O Brasil passa atualmente por uma crise política e econômica grave se comparado com outras épocas no país. Esse é um momento único de reflexão sobre diversos aspectos, sejam eles sociais, financeiros, econômicos ou qualquer outro nome que venha a mente.

Contudo, a sociedade permanece em constante evolução, principalmente ligada à tecnologia. Hoje em dia não é preciso panfletar para chamar a população às ruas para protestar, pois as redes sociais estão cumprindo esse papel muito bem, diga-se de passagem. A internet está ai para isto! Inclusive sua influência é tamanha que, quem diria, pode acabar por assumir o quarto poder, deixando a mídia para trás, como simples replicador de suas notícias.

No entanto, esta mesma internet também ensina que não se deve acreditar em tudo que lê, vê ou ouve. Isto é muito positivo, pois aprendemos, bem ou mal, a levantar a veracidade dos fatos antes de qualquer julgamento inapropriado.

O volume de informação é tão grande que acaba, muitas vezes, refletindo na convivência familiar. Segundo uma pesquisa realizada pelo Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 81,5 milhões de brasileiros com mais de 10 anos de idade acessam a internet pelo celular. Isto é, atualmente uma grande parte das famílias não se reúne para fazer as refeições. Ou se reúnem, mas prestam mais atenção ao celular e redes sociais do que no momento familiar.

Acredito que talvez tenhamos que aceitar isto, como tivemos de aceitar a morte das fichas telefônicas e orelhões espalhados pelas ruas; o falecimento da máquina de escrever e dos aparelhos de som, primeiramente com vinil, passando pelo VHS, CDs, DVDs e Blu-ray.

O Brasil conquistou o 5º lugar no ranking dos países que mais usam a internet, o que significa que 87% dos internautas brasileiros entram na internet pelo menos uma vez por semana, segundo o Ibope Media em 2015. Esperamos que, da mesma forma que esta internet nos traga informação e conhecimento, liberdade, desenvolvimento e que puna a corrupção, também fortaleça os bons relacionamentos, o respeito e a paz entre todos nós.

Robson Profeta (São Paulo)

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