Museu da Matriz Sagrada Família de São Caetano deve ser inaugurado este ano

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Igreja-Matriz-Sagrada-Família

Para compreender a vida e resgatar a história, temos a memória e precisamos olhar para trás; para viver a vida, temos que olhar para frente…                                     Hildebrando Pafundi.

 

* Hildebrando Pafundi – Como havia prometido em texto anterior, esta semana eu estive visitando a Igreja Matriz Sagrada Família de São Caetano do Sul, na Praça Cardeal Arcoverde, na parte central da cidade, para conhecer a construção do Museu Sagrada Família – Catequese e Arte sobre o qual já havia escrito, mas sem fazer uma visita, tendo como referência apenas reportagens de jornais da Região, e alguns anunciando a sua inauguração para o primeiro semestre deste ano de 2016.

A idéia e o projeto desse museu são do Padre e escritor Jordélio Siles Ledo, que é um dos membros da Academia de Letras da Grande São Paulo, Cadeira 10, que tem como patrono José da Anchieta, da qual também faço parte. Eu ocupo a Cadeira 21, que tem como patrono o romancista José Lins do Rego.
Logo na entrada à esquerda da Igreja, tem uma placa, que praticamente é o inicio do museu, com os dizeres: “Matriz Sagrada Família.

Sua arquitetura foi obra do Padre Alexandre Grigoli, da Congregação dos Estigmalinos. Sua construção foi realizada entre 1932 e 1938, e sua inauguração e primeira missa em 6-6-1937”. São Caetano do Sul, Agosto de 2002 – Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul. Na frente dessa placa há um busto do Padre Alexandre.

Na entrada pelo lado direito, há um cartaz com os dizeres: “Museu Sagrada Família Catequese e Arte – Galeria José de Anchieta 292 metros quadrados, e uma placa com os nomes de pouco mais de 50 famílias doadoras, incluindo alguns anônimos.

Já na outra entrada pelo lado esquerdo, a lista de famílias doadoras para a Campanha do Museu Sagrada Família – Catequese e Arte chega a 240, tendo ao lado uma pré-exposição do professor universitário, escritor e fotógrafo José de Souza Martins, que é membro da Academia Paulista de Letras. A informação é de que se trata de uma “coleção de fotos do Professor Martins, que nos convida a um passeio pela arte dos vitrais.

São obras que remetem ao sagrado, ao belo, à contemplação, como a magnífica imagem do Cristo Crucificado exposto no Christ’s College, em Cambridge, Inglaterra, ou as lindas rosáceas de Igreja Santa Maria dela Minerva, em Roma.” E logo abaixo: “A arte é a mais bela expressão da criatividade humana. É um caminho que nos leva a Deus”. Abrigo e acervo de 75 anos de memória.

O museu deve ocupar todo o prédio da Matriz, com suas obras na parte interna como pinturas sacras de autoria dos irmãos italianos Pedro e Uderico Gentili, que foram feitas no final da década de 1940 e estão necessitando de restauro.

Fiz a visita, mas não cheguei a conversar com o Padre Jordélio, porque não o encontrei e estava com um pouco de pressa, devido a outro compromisso. Mas tenho guardada para pesquisas um entrevista que o Padre concedeu ao meu amigo e antigo colega de trabalho jornalista e escritor Ademir Medici para a coluna Memória, do Diário do Grande ABC, em 13 de dezembro de 2015, intitulada, “Nasce um espaço de diálogo entre a fé e arte”, da qual cito apensa uma parte, que já diz tudo. A inauguração deve ser no primeiro semestre deste ano, e Admir diz que estávamos “Às portas de 2016… Padre Jordélio. Tem convicção que o museu nunca estará pronto”.

Ainda citando a entrevista acentua que sua estrutura está concluída, depois de seis anos de trabalho e o custo já passou de R$ 1 milhão, com a ajuda de mais de mil famílias e empresas que fizeram doações, além resultados financeiros de quermesses, bingos, festas e vendas de postais. Mas a obra nunca fica totalmente pronta, porque sempre vão surgindo novas doações. Claro que futuramente voltarei a este tema e deverei estar presente fazendo a cobertura na solenidade de inauguração.

  • Exposição África Ativa Essa exposição África Ativa, em homenagem ao mês da Consciência Negra, foi inaugurada na Sabina Escola e Parque do Conhecimento de Santo André e poderá se visitada até o mês de maio de 2016. A visitação está inclusa no ingresso de acesso à Sabina. A mostra está instalada no Espaço de Exposições Temporárias e é indicada para todas as idades, porque oferece, por meio de diferentes instalações lúdicas, como painéis fotográficos, panos largos e coloridos e objetos, a possibilidade de alunos e visitantes mergulharem na arte, cultura e memória de diferentes grupos populacionais do continente africano. Visitas até maio de 2016. Sabina (Rua Juquiá, sem número, Bairro Paraíso, Santo André – SP).
  • São Caetano de Dentro: Uma Cidade Vivida e Imaginada A nova exposição da Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, intitulada “São Caetano de Dentro: Uma Cidade Vivida e Imaginada”, unindo fotografia e literatura, mostra o município por óticas diferentes. Inaugurada dia 13 de Fevereiro, a mostra pode ser visitada até o dia 4 de abril, no Espaço Verde Chico Mendes. A idéia foi do jornalista e também curador Nelson Albuquerque. Ao todo são 27 fotografias acompanhadas de poesia, crônica, conto, frase. A mostra conta ainda com jogo de palavras colocadas em ímãs, permitindo que, desejando, o visitante também crie sua impressão sobre a cidade. Visitas: de terça-feira a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos das 9h às 16h, até dia 4 de abril. Espaço Verde Chico Mendes (Av. Fernando Simonsen, 566, Bairro São José, São Caetano. Telefone: (11) 4223-4780.
  • Exposição Elas por Elas na Casa de Vidro A exposição fotográfica Elas por Elas, promovida pela Fundação Pró-Memória de São Caetano Sul, no Espaço Cultural – Casa de Vidro, para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e apresentar o universo feminino no trabalho da cidade pelas lentes de 13 fotógrafas profissionais, que pode ser visitada de dia 31 de Maio de 2016. A mostra foi inaugurada pela presidente da Fundação, Sonia Maria Xavier. As fotógrafas participantes são Adriana Ararake, Ana Caroline de Lima, Ana Paula Lazari, Carla Carniel, Carolina Righetti, Débora Francine Fonseca, Gisele Fap, Karim Kahn, Ligia Bazotti, Marina Brandão, Neusa Schilaro Scaléa, Thais Calegari e Thais Stefan. Visitas: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17 horas até dia 31 de Maio de 2016. Endereço da Casa de Vidro: Praça do Professor, sem número – altura do número 1.111 da Avenida Goiás, São Caetano do Sul – SP. Mais informações pelo telefone (11) 4223-4780 ou site www.fpm.org.br Fotógrafa ofendida. – A torcida organizada do São Caetano, Gladiadores, ofendeu com xingamentos, a fotógrafa do Diário do Grande ABC e participante desta exposição, Marina Brandão, dias antes da inauguração da mostra, na partida contra o Guarani pela Serie A- 2, realizada no sábado, dia 05-03, no Estádio Anacleto Campanella, quando ela registrou algumas cenas do confronto desses torcedores com soldados da Policia Militar, nas arquibancadas. O presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, não se manifestou, mas Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (ARFOC-SP) criticaram e repudiaram a atitude desses torcedores. Nós aqui da coluna Esquina Descontraída, também condenamos as ofensas contra essa fotógrafa que estava exercendo seu trabalho profissional.
  • Exposição de Artistas Afro-descendentes A exposição Território: Artistas Afro-descendentes, no Acervo da Pinacoteca do Estado, inaugurada em Dezembro de 2015 para comemorar os 110 anos de fundação, pode ser visitada até dia 17 de Abril de 2016. O primeiro diretor negro da Pinacoteca foi Emanoel Araujo, que permaneceu no cargo de 1993 a 2002. Durante sua gestão foi responsável pela revitalização do museu e também contribuiu, inclusive, com obras de muitos artistas afro-descendentes. Essa mostra conta com 106 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e auto-retrato de Arthur Timotheo da Costa, doado em 1956. Entre outros estão também obras de Antonio Bandeira, Mestre Valentim, Rosana Paulino e Jaime Lauriano. As obras estão divididas em conjuntos e dispostas de acordo com a familiaridade dos temas com os territórios: Matrizes Ocidentais, Matrizes Africanas e Matrizes Contemporâneas. Visitas de terça-feira a domingo das 10 horas às 17,30 horas, com permanência até as 18 horas até dia 17 de Abril de 2016. Os ingressos custam R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Local: Quarto Andar da Estação Pinacoteca. Endereço: Largo General Osório, 66, Cidade de São Paulo, Capital.
  • O Mundo de Tim Burton A inauguração da exposição O Mundo de Tim Burton, no dia 10 de Fevereiro, no Museu da Imagem e do Som (MIS), contou com a presença desse ator norte-americano, que veio ao Brasil para apreciar o Carnaval e prestigiar a mostra em sua homenagem, que pode ser visitada até dia 15 de Maio. Essa exposição reúne cerca de 500 itens, que foram selecionados pela também curadora independente Jenny He. Dentre o material reunido destacam-se obras de arte, pinturas, esboços, story board e bonecos da filmografia do ator, incluindo 18 longas metragens, dentre os quais se destacam: Batman (1989), Edward Mãos de Tesoura (1990), O Estranho Mundo de Jack (1993), A Noiva do Cadáver (2005) e Alice no País das Maravilhas (2010). Visitas de terça a sexta-feira, das 10h às 20 horas; aos sábados, das 10h às 21 horas; domingos e feriados, das 11h às 19h até 15 de Maio. Os preços variam entre R$ 6,00 e R$ 40,00. Endereço do MIS: Avenida Europa, 158, Cidade de São Paulo – SP. Mais informações pelo telefone, 2117 – 4777.
  • Exposição de Fotografias batidas por deficientes visuais Foi inaugurada e pode ser visitada até dia 3 de Abril a exposição Transver – Fotografias Feitas por Pessoas com Deficiência Visual, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São 10 participantes, alunos do Curso de Fotografia para Deficientes Visuais do Núcleo de Ação Educativa (NAE), que pertence a Pinacoteca. Todos foram alunos do Curso de Fotografia realizado de agosto a outubro, em três módulos de ensinamentos teóricos e práticos proferidos pelo professor João Kulcsár, coordenador do projeto de fotografia para deficientes visuais do SENAC – SP, em parceria com a equipe da Pinacoteca. Cada aluno tem um trabalho exposto e todos participaram no processo de escolha das fotos, que o visitante tem acesso juntamente com as pranchas táteis para entender o processo, áudio-descrições e textos em Braille, com códigos QR, possibilitando assistir aos depoimentos gravados pelos participantes da exposição. Visitas de terça a domingo, das 10h às 18h, até dia 3 de abril. Os ingressos podem ser adquiridos no local, e custam R$ 3,00 e R$ 6,00, e aos sábados a entrada é grátis. Pinacoteca do Estado de São Paulo (Praça da Luz, 2, Jardim da Luz, Capital – SP). Até a próxima!
pafundi * Hildebrando Pafundi é escritor, jornalista, contista e cronista. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, da União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e outras entidades. Tem quatro livros publicados. Contatos com o autor e colunista pelo e-mail hpafundi@ig.com.br
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