Curitiba recebeu no último fim de semana a etapa que fechou a 1ª metade da temporada 2021; a capital paranaense abre a 2ª parte do ano com traçado inédito para a nova geração de carros da principal categoria do automobilismo
Da Redação – Das 552 corridas da história de 42 anos da Stock Car, 42 foram disputadas em circuitos considerados ovais ou de “anel externo”. E neste domingo (8) a principal categoria do automobilismo brasileiro volta a realizar uma prova – no caso, duas – em um traçado do tipo depois de três anos. Curitiba (PR), que recebeu no último domingo (1) a sexta etapa da temporada 2021, recebe agora a abertura da segunda metade do campeonato justamente com uma corrida no traçado externo, de 2.550 metros e apenas três curvas.
É a primeira vez em três anos que a Stock Car corre em uma pista do tipo. A última vez havia sido em Goiânia na temporada 2018, na Corrida do Milhão, que foi vencida por Rubens Barrichello. Já Curitiba recebe a categoria em seu anel externo pela primeira vez em quase 12 anos. Na ocasião, em outubro de 2009, a corrida foi vencida por Ricardo Maurício. Além disso, será a primeira vez que a nova geração de carros da Stock Car, introduzida em 2020, irá correr em um traçado do tipo.
No circuito externo da capital paranaense, o domingo representará a 16ª e 17ª vez que a categoria correrá neste traçado em específico. As 15 anteriores aconteceram nos anos de 1991, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007, 2008 e 2009. Outras pistas que já receberam corridas da categoria em ovais ou anéis externos são as de Brasília (19 provas entre 1991 e 2014), Buenos Aires (em 2005 e 2006), Goiânia (1993 ,1999, 2000, 2018) e o oval do Rio de Janeiro construído especialmente para a Indy no final dos anos 1990, e que recebeu a Stock Car em 2000 – o traçado “Emerson Fittipaldi” fazia parte do antigo Autódromo Nelson Piquet em Jacarepaguá, que foi demolido para a construção do Parque Olímpico do Rio.
A pista do final de semana de Dia dos Pais tem 2.550 metros de extensão e três curvas, apenas: o chamado “S de Baixa” ao final da longa reta principal de 980 metros, ao final da qual os carros chegam a aproximadamente 240 km/h e fazem uma forte freada de quatro segundos, fazendo o carro percorrer cerca de 180 metros em desaceleração de 1,6 G para realizar o contorno a cerca de 100 km/h.
A segunda curva é o trecho onde no circuito misto começa o miolo, mas nela os carros seguem acelerando a mais de 220 km/h e fazem uma leve curva à direita e se aproximam da frenagem para a Curva Zero, contornada a cerca de 130 km/h.
As provas deste domingo (8) têm largada a partir das 11h10 e a transmissão, ao vivo, é dos canais Band, SporTV2 e no YouTube oficial da Stock Car, além do Motorsport.TV e AutoVídeos.
A FRAS-LE e a FREMAX são as fornecedoras oficiais de pastilhas e discos de freio da categoria, respectivamente, e trabalham em conjunto com as todas as equipes do grid para assegurar o melhor desempenho, segurança, eficiência e confiabilidade. A Fremax é a fornecedora dos discos desde 2004 e a Fras-le, desde 2016.
Fala, piloto!
“O traçado misto tem três freadas mais fortes. Agora vai ser um pouco mais sutil em termos de esforço contínuo com os freios. Serão só dois pontos, fortes, de frenagem. Com mais reta, as temperaturas do sistema baixam mais e isso permite economizar. Claro que os freios suportam as condições em qualquer pista. Como não vamos andar pelo miolo do circuito, a exigência deve ser menor”.
(Rafael Suzuki, Full Time Bassani, Toyota Corolla #8)
A pista externa de Curitiba na ótica da FRAS-LE & FREMAX
“Vai ser a primeira vez que esta nova geração de carros vai correr em um anel externo de alta velocidade. Será um desafio interessante para mostrar a consistência que as pastilhas de freio da Fras-le e os discos da Fremax podem trazer de benefício à categoria. Geralmente nas corridas em circuitos ovais ou de anel externo, os carros andam mais tempo próximos uns dos outros e isso dificulta mais a refrigeração do sistema. Mas para os treinos, por haver mais tempo de reta, isso acontece com mais frequência. O desafio será mesmo no ritmo de corrida com os carros próximos um dos outros a altíssimas velocidades. De qualquer forma, estamos confiantes porque os materiais já provaram sua eficiência e confiabilidade”.
(André Brezolin, engenheiro de projeto FRAS-LE & FREMAX)
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