Estudantes da rede estadual do ABC voltam presencialmente às aulas do 2º semestre

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Atividades em municípios onde não há autorização para funcionamento das escolas seguem pelo Centro de Mídias SP

Da Redação – As aulas do 2º semestre retornaram nesta segunda-feira (2) para 246 mil estudantes da rede estadual do ABC. Em todo estado, são 3,5 milhões de alunos na rede. Destes, 97%, que estudam em municípios onde há autorização, podem comparecer presencialmente nas escolas estaduais. 

A nova fase é marcada pela ampliação da capacidade de atendimento das escolas, tendo como base as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, as unidades passarão a atender os estudantes de forma presencial de acordo com sua capacidade física, e não mais apenas seguindo a porcentagem de ocupação indicada no Plano SP, respeitando o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas.

“Estamos retornando com 100% das escolas, em média 63% dos alunos optaram pelo retorno presencial, mas a nossa expectativa é que até o final de agosto 100% dos alunos retornem as salas de aula”, explicou a dirigente de ensino de São Bernardo do Campo Vanderlete Maria Lozano Chiuffa Correra.

Apesar dos esforços e diálogo da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), 68 municípios ainda têm decretos que impedem o retorno presencial até o dia 6 de agosto. Por isso, cerca de 91 mil estudantes em 194 escolas (4% da rede) ainda não poderão retornar às aulas presenciais. Estes alunos seguem acompanhando as aulas pelo Centro de Mídias de SP. O ano letivo se encerra em 23 de dezembro para toda a rede.

Para garantir a segurança e ampliação do retorno às aulas presenciais, bem como a viabilização do ensino mediado por tecnologia no contexto da pandemia, a Seduc-SP realizou uma série de investimentos, como o Conecta Educação, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP) e também em itens de segurança e higiene.

No Conecta Educação foram R$ 1,5 bilhão investido para renovar o parque tecnológico das escolas com desktops, notebooks, tablets, chips de internet, TVs, plataformas de carregamento móvel e outros itens. Já o PDDE-SP é um programa guarda-chuva, que, a partir de eixos, permite às escolas realizar compras e investimentos específicos de maneira rápida e adequada às suas realidades. Mais de 1,5 bilhão já foi enviado às escolas estaduais até o momento.

 Ainda foram adquiridos pela Seduc-SP EPIs e itens de higiene pela que podem ser complementados pelas escolas com recursos do PDDE-SP. No total, foram:

•         108 mil litros de sabonete líquido

•         182 milhões folhas de papel

•         228,3 mil litros de álcool em gel

•         6 milhões de rolos de papel higiênico

•         12 milhões de máscaras de tecido

•         23,7 milhões de copos descartáveis

•        Outros quantitativos dos itens e face shields foram adquiridos em 2020

O uso de máscaras continua obrigatório dentro das escolas e também durante o percurso de ida e volta. Ao adentrarem nas unidades, todas as pessoas terão a temperatura aferida e, caso esteja acima de 37,5 graus, será orientado o retorno para casa. Os protocolos também incluem higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e dos ambientes e ambientes arejados com portas e janelas abertas.

“Nesse retorno focamos em falar sobre a qualidade do ensino para os alunos, além de tranquilizar os pais com reuniões semanais, reforçando todos os protocolos de proteção e segurança”, disse a diretora da unidade Erica Marson Machado.

Todos os estudantes que não possuam atestado de comorbidade serão orientados a frequentar presencialmente a escola. Caso o estudante/família opte em permanecer apenas com as aulas remotas pelo Centro de Mídias SP e outras atividades propostas pelas escolas, o responsável legal deverá comunicar por escrito a unidade e se comprometer a manter a frequência digital do aluno.

“A retomada das aulas é importante para que possamos retomar conteúdos antigos, agora de forma presencial, o que é ótimo. Também sei que somos capazes de seguir todos os cuidados para não contrair esse vírus”, afirmou a estudante Joana Soares.

Todos os servidores da rede estadual voltarão às atividades presenciais, sem revezamento. Os que pertencem aos grupos de risco só irão retornar 14 dias após a aplicação da segunda dose ou da dose única da vacina contra a Covid-19. Os servidores e colaboradores que, por escolha pessoal, optarem por não se vacinar dentro do calendário local também deverão retornar.

Casos suspeitos e confirmados de Covid-19 de funcionários ou alunos que compareceram presencialmente deverão ser registrados no Sistema de Informação e Monitoramento da Educação (SIMED).

Os contactantes, ou seja, todas as pessoas dentro da escola que estiveram a menos de um metro do infectado por pelo menos 15 minutos, deverão ser identificados e também registrados no SIMED, devendo cumprir o isolamento conforme protocolo.

A investigação epidemiológica e determinação da interrupção temporária das atividades presenciais da turma, turno ou total da respectiva unidade escolar cabe à Vigilância em Saúde local.

Vacinação

Parte importante, porém não condicional do movimento para o retorno seguro das aulas presenciais, a vacinação dos profissionais da Educação Básica já imunizou com a primeira dose ou dose única quase 910 mil trabalhadores das redes estadual, federal, municipais e particular do estado de São Paulo. Sendo que, destes, quase 340 mil já estão com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única).

Ainda no dia 18 de agosto, adolescentes com comorbidades, gestante e puérperas, de 12 a 17 anos, poderão se vacinar em todo o Estado de São Paulo. Para o público geral desta faixa etária, a imunização começa a partir do dia 30 e segue até 12 de setembro.

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