Texto: Iara Santos Luz – Crédito-foto: Adriana Hovarth (PMD)
Da Redação – Em razão do Dia do Agricultor Familiar, comemorado em 25 de julho, e também para iniciar uma nova fase do Programa Agricultura Urbana de Diadema, a Secretaria de Segurança Alimentar realizou, ontem, no auditório do Quarteirão da Saúde, um encontro entre os agricultores das hortas comunitárias da cidade e dirigentes do Movimento Sem Terra – acampamento Comuna da Terra Irmã Alberta – do bairro Perus, em São Paulo.
O evento teve a participação de mais de 25 integrantes do programa, que assistiram a palestra “Produção Agroecológica, Relação Comunitária e Gestão de Espaços Coletivos”, ministrada pelas integrantes do MST Maria Alves e Marília de Azevedo Batista. O encontro contou, também, com as presenças do prefeito José de Filippi Júnior e da presidenta do Fundo Social de Solidariedade de Diadema, Inês Maria de Filippi.
Na abertura falou o coordenador estadual do MST, Marcelo Bozetto, que ressaltou a importância do plantio coletivo e a produção de comida. “O trabalho de vocês é fundamental, é indispensável. Pelo momento que vivemos hoje no Brasil, ver um país com tanto potencial, com tanta riqueza, e também ver irmãs e irmãos brasileiros passando fome é muito triste”, disse.
O dirigente reforçou a importância da troca de informações entre as duas experiências e afirmou que produzir alimentos saudáveis ocupando áreas que estavam abandonadas ou subutilizadas é de grande valia para todos. “Isso é fundamental porque comida no país virou artigo de luxo e os preços dos alimentos sobem cada vez mais”, finalizou.
Para o secretário de Segurança Alimentar, Gel Antônio, o encontro marca um novo momento para o Programa Agricultura Urbana que passa por período de mudança e reciclagem. “O Programa existe há 17 anos e percebemos que é necessário promover mais capacitação e trazer mais informações para os participantes. É preciso conhecer novas experiências, ter contato com outras formas da agricultura saudável e o trabalho que o MST desenvolve mostra isso”, disse Gel.
A assistente da Secretaria de Segurança Alimentar, Luci Uliana, revela que as novas ações vão trazer mais bagagem aos agricultores e que isso resultará em maior produção e mais consumo de alimentos sem agrotóxicos. “Vamos trabalhar com os agricultores processos de organização social, ampliar as práticas da agroecologia, que preserva o meio ambiente e a biodiversidade, e também realizar a produção de composto, que podem ser feitos com os resíduos orgânicos vindos das casas dos participantes do programa”, esclareceu.
O Programa Agricultura Urbana de Diadema conta atualmente com 29 hortas comunitárias, que são cuidadas por 460 moradores da cidade. Todo o plantio está localizado em áreas públicas e, além de promover segurança alimentar e nutricional à população do Município, também cria oportunidade de gerar renda.
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