Nando Reis e Allysson Mariano cantam música inédita de ‘Ouçam Nossas Vozes’

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Babu Santana e Hana Khalil também soltam a voz em iniciativa que visa combater os estigmas da doença e mostrar que pessoas com esquizofrenia podem ter vida funcional e autônoma

Da Redação – Idealizada pela Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, a campanha Ouçam Nossas Vozes tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de combater os estigmas erroneamente atribuídos à esquizofrenia, doença mental crônica que atinge 1,6 milhão[1] de brasileiros . A iniciativa, que dá voz e visibilidade aos pacientes, também enfatiza a relevância do diagnóstico correto e da adesão ao tratamento para uma vida plena e funcional, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem com o transtorno e seus familiares.

Em 2021 a iniciativa chega ao seu terceiro ano consecutivo e conta com uma série de ações. A principal é o lançamento da música Ouçam Nossas Vozes, composta especialmente por Allyson Mariano para a campanha. O cantor, compositor e produtor musical foi diagnosticado com esquizofrenia aos 27 anos, após uma longa jornada tentando desvendar sua condição de saúde.

O cantor Nando Reis foi responsável pelo arranjo e empresta sua voz para a música, em um coro contra o preconceito e a favor do acolhimento ao lado de Allyson e de outras personalidades. Entre eles, o ator Babu Santana e a youtuber Hana Khalil, além de médicos, colaboradores da Janssen, pacientes e representantes de entidades apoiadoras da campanha. O videoclipe da canção pode ser assistido aqui.

A música que leva o mesmo nome da campanha tem como objetivo gerar reflexão, possibilitando uma interação livre de preconceitos e prejulgamentos entre pacientes e demais indivíduos. “É um convite às pessoas para entenderem e expandirem os horizontes, para fugirem dos estereótipos que causam sofrimento”, declara Allyson Mariano, principal embaixador da iniciativa. “Através dos esclarecimentos sobre a condição da pessoa com esquizofrenia, quero que outros pacientes vivam dias melhores do que os que eu já vivi”, completa.

“Todo tipo de estigma é uma redução, uma condenação e preconceito fruto de desinformação. Maledicências que podem ter consequências gravíssimas na vida de uma pessoa. Assim que recebi o convite para fazer parte dessa campanha, não hesitei e aceitei imediatamente com alegria e senso de humanidade”, diz Nando Reis.

Allyson aprendeu a ler e escrever sozinho, aos quatro anos de idade – antes mesmo de entrar na escola. Aos oito anos, começou a tocar piano e se encantou pelo universo da música. O garoto reservado que adorava jogar videogame e sempre se interessou por animações e desenhos, principalmente as músicas desses programas, sentia, desde os cinco anos de idade, que tinha algo diferente. Aos 14, ele compôs sua primeira canção. Durante os 23 anos em que passou buscando uma avaliação médica correta e um diagnóstico para explicar os sintomas e os sinais que apresentava, sempre teve a música como sua aliada e seu refúgio. Foi assim que começou a escrever canções sobre suas experiências.

Hoje, Allyson tem uma banda de rock e está criando portifólio para abrir uma produtora. Ele já compôs mais de 65 canções, algumas em inglês (que aprendeu sozinho), e sempre tenta trazer um pouco das suas vivências nas letras.

Assim como Allyson, 71% das pessoas com esquizofrenia já sofreram preconceito, sendo que a falta de entendimento muitas vezes vem por parte da própria família, de conhecidos e de amigos, segundo pesquisa da Ipsos, de 2019. A campanha da Janssen, que conta com o apoio do Programa de esquizofrenia (PROESQ) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME), da Associação de Crônicos do Dia a Dia (CDD) e da Associação Gaúcha de Familiares e Pacientes Esquizofrênicos (Agafape), quer dar voz às pessoas que vivem com o transtorno e assim contribuir para quebrar os mitos da incapacidade, loucura, agressividade e tantos outros que permeiam a doença.

“Além do estigma e da dificuldade para diagnosticar a esquizofrenia, a falta de adesão ao tratamento é um dos principais desafios para recuperação das pessoas que vivem com a doença, pois, quando não tratada corretamente, ocasiona recaídas que agravam o quadro,” alerta o psiquiatra Ary Gadelha, coordenador-geral do PROESQ. Ele ressalta que o diagnóstico correto e o tratamento adequado podem propiciar uma vida plena e produtiva às pessoas com esquizofrenia, que podem trabalhar, estudar, casar, ter filhos e serem independentes, como o Allyson. Porém, atualmente, menos de 30% destes paciente são tratados no Brasil.

Mais informações sobre a campanha Ouçam Nossas Vozes e a esquizofrenia estão disponíveis no site https://www.oucamnossasvozes.com.br/ e nas redes sociais da Janssen Brasil.

Sobre a esquizofrenia
A esquizofrenia é uma doença crônica ainda muito estigmatizada que afeta cerca de 23 milhões de pessoas no mundo. Consiste em um transtorno mental complexo caracterizado por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem, comportamento e consciência do “eu”. Os sintomas podem incluir alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário) [2] .

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a esquizofrenia é considerada a terceira doença que mais afeta a qualidade de vida entre a população de 15 a 45 anos de idade [3] . A jornada do pessoa com esquizofrenia até o diagnóstico e o início do tratamento é bastante longa e impacta não apenas o paciente, mas todos à sua volta.

Não há uma causa única para a esquizofrenia. Normalmente, os primeiros sinais e sintomas aparecem ao redor dos 15 aos 25 anos de idade, em decorrência da interação de múltiplos fatores, sejam de origem genética ou ambiental como, por exemplo, o uso de drogas. Fato é que, em conjunto, esses fatores desorganizam a maneira como algumas áreas do cérebro funcionam e como resultado, surgem os primeiros sinais e sintomas. Não existe nenhum exame laboratorial ou de imagem que identifique a esquizofrenia. O diagnóstico é definido por um médico após avaliação do quadro clínico do paciente.
Estima-se que entre 40% a 71% [4,5,6] dos pacientes não seguem corretamente o tratamento[7]. Os novos surtos psicóticos representam uma sobrecarga significativa tanto para pacientes como para suas famílias. Sem a correta adesão ao tratamento, as pessoas com esquizofrenia podem ter repercussões muito graves, como deterioração cognitiva progressiva, comprometimento nas relações interpessoais e redução da qualidade de vida[8]. Além disso, a cada episódio, a recuperação pode ser mais lenta e o transtorno pode se tornar mais resistente ao tratamento [9,10,11]. Dessa forma, evitar recaídas desde o princípio da doença é uma prioridade no tratamento, e um potencial fator modificador da doença.

Compromisso Janssen com a Neurociência
A Neurociência está diretamente ligada à história da Janssen. Nos anos 50, o fundador da companhia, Paul Janssen, foi quem criou o primeiro antipsicótico que permitia o tratamento de pacientes em casa.

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