* Luciana Brites – A matemática pode não ser tão atrativa e, muitas vezes, considerada uma matéria chata para algumas pessoas, mais ainda para as crianças. Porém, há várias maneiras de inseri-la no dia a dia e desmistificar esse conceito, transformando a atividade em oportunidade de aprendizados leves e divertidos. Além disso, o processo também vai ajudar os pequenos a entenderem melhor todo o conteúdo que é ensinado na escola.
Algumas dicas sobre como inserir o tema envolvem brincadeiras que podem ser feitas em casa. Uma delas é a do empilhamento de copos. Junte copos plásticos e enumere todos. Depois, peça para a criança empilhar os copos em ordem e contar em voz alta, formando uma torre. Durante o empilhamento, vá contando até a torre cair. O objetivo é usar todos os copos sem derrubá-la e, depois, contar quantos copos foram usados para, por fim, derrubá-la.
Outra sugestão é o Bingo. Primeiro, você deve pegar uma cartela de bingo e numerar cada quadrado aleatoriamente entre 1 e 20. Em pequenos pedaços de papel, escreva os números que serão sorteados e coloque-os em uma caixa. Sorteie os números com a criança e faça ela marcar na cartela o número certo. Quem completar primeiro, vence.
Colagem e desenho é outra opção. Com a ajuda de um papel (preferencialmente colorido, pois estimula o interesse), lápis, tintas, cola e tesoura, peça para a criança desenhar diferentes formas, recortar e fazer colagens. Estimule-a a criar obras de arte abstratas.
Já o Quebra-Cabeça auxilia no desenvolvimento do raciocínio e no reconhecimento de formas, tamanhos e sequência das peças. Os Jogos de Montar auxiliam a desenvolver as habilidades matemáticas e de geometria, envolvendo organização.
Além dos jogos, insira a matemática nas suas obrigações e nas atividades que as crianças podem auxiliar os adultos, como em tarefas básicas de casa. Durante o preparo do almoço, por exemplo, peça para a criança separar os ingredientes e pesar cada um deles com o auxílio de uma balança. A percepção de pesos e medidas ajuda a construir conceitos matemáticos.
Outro exemplo é levar a criança como companhia ao mercado. Durante as compras, peça ajuda para contar a quantidade de frutas necessárias para formar um quilo ou também para ir anotando o valor de cada item para somar o total no final. Com essas dicas, as crianças vão achar a matemática bem mais divertida.
* Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo.
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