Empresários do ramo de alimentação fazem kit junino para pagar contas

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Sem as tradicionais festas juninas, empresários suprem demanda da atividade para atender o ‘arraiá em casa’

Da Redação – As tradicionais festas juninas, a segunda durante a pandemia da covid-19, mais uma vez deixam de ser comemoradas presencialmente. Para suprir a demanda da atividade, ao mesmo tempo encontrar saídas para a crise, empresários do segmento de alimentação inovam para sobreviver. Uma alternativa, porém, considerada paliativa, tem sido a produção de kits juninos com itens de culinária típica vendidos e entregues sob encomenda.

Sem as festas nas praças ou em espaços de igrejas, os empresários do ramo de gastronomia adotaram o ‘arraiá em casa’. As vendas não cobrem as despesas e nem a receita perdida com a crise sobre o setor, mas ajuda a se reinventar e adotar estratégias temáticas.

A dona da FC Buffet e Decoração, de Santo André, Flávia Calixto, espera a crise passar, mas não de braços cruzados. Lançou o kit junino na caixa, que traz vários itens típicos e manda entregar. Em uma caixa de papelão vão diversos produtos típicos, que servem oito pessoas e custa R$ 250,00. Segundo ela, tudo é produzido artesanalmente como doce de abóbora, arroz doce, canjica, vinho quente, bolo de fubá, entre outros. A empresa existe há 10 anos e trabalha com fornecimento de decoração e alimentação para festas.

“Essa crise afetou a todos, e nós que somos uma empresa familiar, tivemos que nos adaptar de qualquer jeito. Todos somos do ramo, até meu filho é Chef de cozinha. Eu tinha três funcionários, que fui obrigada a demitir e agora só contrato sob demanda. Começamos a oferecer os kits como estratégia de sobrevivência, mas está longe de ser uma solução. O que precisamos mesmo é trabalhar e resgatar a confiança do consumidor”, disse Flávia.

Para o presidente do Sehal, Beto Moreira, alternativa tem sido uma palavra quase obrigatória para os empresários. “Vivemos o reflexo dessa imensa crise no setor e enquanto continuarmos alvo de medidas restritivas fica difícil”, afirmou.

Sobre o Sehal

Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários reciclando conhecimento em várias áreas. Representa cerca de oito mil estabelecimentos na Região do Grande ABC. Fornece apoio com profissionais renomados nas áreas jurídicas, sanitária, organizacional, parceria com escolas e faculdades, além de lutar pela simplificação da burocracia nos âmbitos municipal, estadual e federal com redução dos impostos e ainda contribuir para a qualificação dos empresários e trabalhadores.

Oferece ainda cursos gratuitos ou com condições especiais para associados e ministrados por professores altamente qualificados, em salas de aula equipadas com datashow, cozinha completa com utensílios e insumos para as aulas práticas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.

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