Da Redação – À espera de seu primeiro filho, a moradora Letícia Sena Santana está atenta aos cuidados para se proteger de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti como dengue, febre chikungunya e zika. Ela e as demais gestantes do município fazem parte do Projeto Vida e de um dos cinco grupos prioritários para ações de prevenção e combate ao mosquito, que estão sendo intensificadas desde fevereiro.
Após a identificação das futuras mamães, na região de abrangência de cada Unidade Básica de Saúde (UBS), a equipe multiprofissional faz uma visita domiciliar para falar sobre o mosquito, os riscos e esclarecer as dúvidas. A gestante também participa de grupos de orientação que, além de abordar temas relacionados a cada trimestre da gestação, tira dúvidas sobre essas doenças.
As informações são reforçadas em outros grupos como o de insulinodependentes. “O diabético pode ter alguém na família alguma grávida ou um netinho que está por vir, então é para tranqüilizar, orientar a prevenção e acompanhar”, explica a pediatra, neonatologista e coordenadora da UBS Ruyce, Eliana Alcebíades de Campos.
Prevenção – Dentro de casa, Letícia evita ter objetos que possam acumular água e se tornar criadouros do mosquito como plantas em vasos com pratinhos ou bebedouros de animais. “Na hora de sair, também tenho cuidado, procuro usar roupas mais compridas para me proteger do mosquito”, afirma a gestante.
“O cuidado é uma questão importante até mesmo antes de a mulher ficar grávida, porque, no Brasil, há dengue todos os anos. Aconselhamos o uso de repelente e outros hábitos como não ter pratinhos nos vasos de plantas, deixar a caixa d’água bem tampada para não virar criadouro”, diz a médica Marlea Oliveros Oliveira, que atende na Unidade. “Todas essas informações, falamos em consulta, nos grupos, em visita domiciliar, acolhimento e em todos os cenários de convívio com as pacientes”, enfatiza.
Sintomas – Os principais sinais de dengue, zika e chikungunya são febre e dores no corpo. Por serem parecidos, a população precisa estar atenta e procurar o serviço de saúde. “Eles podem ser confundidos, mas é apenas o médico que vai avaliar se é dengue ou outra doença. A UBS está de portas abertas para acolher o morador”, lembrou a coordenadora da UBS.
Todos contra a dengue – Até o final de março, as 20 Unidades Básicas revisitarão casas já vistoriadas, fechadas e/ou com recusa, além de pontos críticos, identificados nos mutirões da dengue, realizados em janeiro deste ano. As UBS também farão ações em escolas, empresas com o objetivo de diminuir as chances de potenciais criadouros do mosquito em casa ou em ambientes abertos.
Durante todo o ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza atividades de “casa a casa”, orientação aos moradores, aplicação de larvicida, monitoramento de alguns locais estratégicos (como ferro-velho, borracharias e cemitérios) e bloqueios quando há casos confirmados de dengue.
Serviço – Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema (Rua Ipoá, 114 – Jardim Iamberê) Tel.: 0800 77 10 963
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