11ª HR First Class discutiu Saúde Mental e como as empresas lidam com o tema

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O evento contou com a participação de três médicos especialistas que explicaram e debateram o assunto

Da Redação – A 11ª edição do HR First Class, um dos maiores eventos voltados aos Heads de RH do Brasil, aconteceu nesta semana e trouxe à tona um tema de extrema importância, principalmente durante a pandemia: a Saúde Mental. O assunto, que tem chamado a atenção das organizações e dos Heads de RH e C-levels, foi discutido pelos médicos Dra. Yara Azevedo (Mestre em Psiquiatria, pela Faculdade de Medicina da USP, especialista em Psiquiatria, pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, e médica da rede credenciada Amil One), Dr. Leandro Pereira Garcia (Gerente da Gestão de Saúde Populacional da Amil) e Dr. Alexander Buarque (Diretor de Parcerias do HUB de Saúde Corporativa da Associação Brasileira de Profissionais de Recursos Humanos).

Durante o evento a Dra. Yara Azevedo comentou dados como, por exemplo, o Brasil ser o país com mais ansiosos no mundo, de acordo com informações divulgadas pela OMS no final de 2019, e traçou um panorama da pandemia e sua influência na saúde mental. A especialista também citou números alarmantes “No Brasil o principal estudo mostra que aproximadamente 41% das pessoas tinham depressão e ansiedade em março de 2020 e esse número pulou para 53% no mês passado”.

Outro ponto abordado pela doutora foi a questão da prevenção desse tipo de doença e o que as empresas podem fazer para prevenir casos. Dentre as dicas citadas pela convidada estavam fazer programas de promoção de saúde (falando sobre o assunto), manter boas plataformas de autocuidado para os seus colaboradores e estabelecer turnos definidos de trabalho e de descanso, lembrando que o stress e o cansaço custam caro, já que as pessoas trabalham pior ou até adoecem nessas condições.

O Dr. Leandro Pereira Garcia também aproveitou para reforçar que quando falamos do RH estamos tratando da população de uma determinada organização, além de chamar a atenção para dois pontos: a questão da condição de trabalho e a presença de serviços de saúde. “As condições de trabalho são fundamentais quando a gente fala tanto de proteção quanto de agravo da saúde mental, um trabalho mal conduzido pode degenerar a nossa saúde mental. É um mito achar que só o setor de saúde dá conta de produzir saúde.” 

Já o Dr. Alexander Buarque comentou o atual cenário, de constante mudanças e alta competitividade, e algumas das atividades desenvolvidas pela Associação Brasileira de Profissionais de Recursos Humanos, como o HUB de Saúde corporativa.

Realizado pela Scaldelai Projetos de Crescimento, o evento contou com a Amil e a Safe Care, empresa especializada em gestão integrada e auditoria do benefício saúde, como patrocinadoras masters.

Pesquisa sobre saúde mental nas empresas foi apresentada durante o evento

O HR First Class apresentou durante o evento a pesquisa “Saúde Mental nas Empresas”. Dentre as informações levantadas juntos aos profissionais de RH de médias e grandes companhias, podemos ressaltar as seguintes conclusões do levantamento.

Quando indagados com a pergunta:  Qual a relevância do tema saúde mental nas políticas da promoção de saúde e bem-estar na empresa em que você trabalha? 11,7% assinalaram como pouco relevante, enquanto 58,6% como muito relevante; o que indica que uma fatia considerável das empresas ainda não entende como prioridade de sua política de saúde e gestão de saúde a temática de Saúde Mental.

O levantamento também abordou o envolvimento das diretorias das empresas com o tema. De todos os respondentes, 27,9% acreditam que somente o RH deveria se preocupar com ações de amparo e manutenção da saúde mental, enquanto 34,2% indicaram que além dos Recursos Humanos, o CEO e outras diretorias, como a financeira e administrativa, precisariam se atentar ao tema. Já 37,8%, creem que todas as diretorias deveriam se envolver diretamente com a saúde mental dos colaboradores.

Foi perguntado ainda: Dentre as ações de saúde implementadas na empresa onde trabalha, qual é o percentual destinado ao tema Saúde Mental? 35,1% afirmaram que menos de 30% delas são relacionadas a saúde mental, enquanto 21,6% dos participantes informaram que nas companhias onde trabalham não há ações relacionadas ao tema. O levantamento ainda pontuou que 46,8% dos respondentes indicaram que antes da pandemia o tema só era abordado nas empresas onde trabalham em campanhas esporádicas, realizadas nos meses de conscientização. 

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