Jardim Alto da Boa Vista recebe obras emergenciais devido às chuvas

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Da Redação – Foi iniciada na manhã desta sexta-feira (11) intervenções emergenciais para recuperação de trecho da rua João Salvador Peres Tonico, no Jardim Alto da Boa Vista. O asfalto e muro de contenção cederam em consequência das chuvas constantes que têm caído em Mauá e no Grande ABC.

Para garantir a segurança de cerca de 20 famílias, a Coordenadoria de Defesa Civil do município interditou, preventivamente, 13 casas localizadas na rua Dorival Rezende, localizada na parte de baixo do barranco.  As famílias foram removidas do local e encaminhadas para a Secretaria de Habitação para se cadastrar e receber o Bolsa Aluguel até que toda a obra esteja concluída.

O trabalho já teve início pela remoção do entulho a fim de aliviar o peso sobre o topo do barranco. O projeto de recuperação do muro e da via estava sendo elaborado desde o dia 2 de março, em conjunto com a empreiteira contratada e as secretarias de Serviços Urbanos, Obras, Mobilidade Urbana. Agora, o início das intervenções está condicionado à limpeza completa da região e análise posterior de comprometimento do solo. A partir da data de início, a obra deve estar concluída em três meses.

A situação no local já parecia complicada no início de março, quando as rachaduras surgiram no solo, mas se agravou na madrugada de hoje (11/3), após as intensas chuvas da madrugada. Segundo dados da Defesa Civil, entre 19h e 4h, o volume de chuva chegou a 90mm, acima dos 72 mm previstos. Esse índice é considerado altíssimo, uma vez que com 30 mm já são necessários para que o município declare estado de atenção para alagamentos.

Além da ocorrência do Jardim Alto da Boa Vista, também foram registradas a queda de um poste no Jardim Oratório e dois pequenos escorregamentos de terra na região do Jardim Zaíra. Apenas uma vítima teve leves escoriações com o desabamento de uma casa na rua Eugênio Negri, também no Jardim Zaíra.

Alerta – A Estação Total Robotizada, que monitora a encosta que agrega as áreas do Macuco e Chafic, está em funcionamento. Foram emitidos dois alertas de nível leve. Os agentes da Defesa Civil foram deslocados até os locais, mas foi constatado não existir risco. A ETR, instalada no final de 2015 no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS Macuco), envia os sinais a serem refletidos por 100 sensores distribuídos em áreas de Risco 4 do Morro do Macuco/Chafik.

Dessa forma ajuda a identificar eventuais movimentações de terra com antecedência que permite ações mais eficazes. As informações são enviadas 24 horas por dia, via internet, para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mauá e a região do ABC têm sofrido neste início de ano com chuvas fortes e constantes. O índice pluviométrico registrado pela Defesa Civil do município e corroborado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da capital é o maior dos últimos anos. Apenas no mês de fevereiro caíram sobre Mauá 620 mm, número recorde em 16 anos. Em janeiro o total foi de 280 mm e até o momento, em março, o índice é de 188 mm.

A Prefeitura tem feito um intenso trabalho de monitoramento das áreas de risco. Apenas em 2015, 67 famílias foram retiradas de áreas de risco classificadas como R4 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que significa alto risco para deslizamentos.

Operação Chuvas de Verão  – Permanece em vigor até 15 de abril. Em 1º de dezembro, as equipes da Coordenadoria de Defesa Civil implementaram a Operação Chuvas de Verão com a execução do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) 2015/2016. Ele estará em vigor até o dia 15 de abril, período considerado com alto índice pluviométrico. O PPDC inclui representantes de todas as secretarias municipais e detalha a responsabilidade de cada equipe na prevenção e atendimento de ocorrências relacionadas às chuvas de verão. Por exemplo, cabe a equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana desviar e controlar o trânsito antes de um alagamento, antecipado pela própria Defesa Civil.

O alerta é intensificado quando o volume de chuva atinge 50 mm, índice inferior aos 100 mm preconizados nacionalmente. Com isso, já na primeira ameaça de risco, as equipes de Defesa Civil são acionadas para monitoramento e atendimento às ocorrências relacionadas. A Coordenadoria tem 30 agentes de Defesa Civil que atuam diariamente em esquema de plantão 24 horas e, na época das chuvas, cinco Núcleos de Defesa Civil dão o suporte por intermédio do trabalho de mais de 30 voluntários capacitados pela equipe.

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