Alesp aprova PL ‘autoritário’ que impõe restrições a quem não se vacina

Impedimento ao uso de transporte público, ingresso em instituições de ensino, inscrições em concursos públicos e obtenção de documentos são algumas das contenções

Da Redação – Projeto de lei aprovado na terça-feira, 20 de abril, pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e que agora segue para sanção do governador João Dória (o qual já se mostrou favorável) prevê que pessoas as quais não estiverem imunizadas após as fases correspondentes do plano de vacinação serão impedidas de utilizar o transporte público, ingressarem em instituições de ensino e se inscreverem em concursos públicos e obterem documentos.

“Isso é gravíssimo. É de um autoritarismo sem igual. Tolhe totalmente o direito das pessoas. Isso cria um cidadão de segunda classe que perde seus direitos. Não se pode permitir um projeto criminoso como esse, altamente ditatorial. O mais grave é que há um trecho onde está escrito que ‘ninguém poderá se escusar da imunização’; ou seja, não será permitido dispensar a aplicação da vacina. Como assim? Querem nos obrigar a tomar uma vacina ainda experimental? E se eu não quiser tomar nem deixar que minha família tome? Não tenho esse direito? Claro que devo ter sim! Isso é ditadura! Não podemos permitir. O povo não pode deixar que isso ocorra”, afirma o empresário e influenciador político Otávio Fakhoury. Segundo ele, certamente o governador João Dória irá sancionar positivamente e, então, estará instaurada uma ditadura velada no Estado de São Paulo.

“Defendo veementemente a democracia, diferentemente do que desejam me rotular na mídia em várias matérias nas quais sou fonte. E é por isso a minha forte indignação. Defendo a liberdade de o cidadão escolher se deseja vacinar-se ou não. Esse é um exemplo que demonstra o fato de que toda a população – incluindo a imprensa, que também deve defender a ampla democracia – tem de ir contra esse projeto de lei nefasto e repugnante. A perda da liberdade começa assim e todos sabemos onde termina. Não podemos permitir”, alerta Fakhoury.

Segundo o empresário, essa medida vai contra a constituição pois fere os direitos individuais. “Mais uma vez, estamos vendo legisladores rasgarem a constituição. Não podemos deixar. Devemos, nós, o povo, dar um basta, de forma democrática, antes que vá para frente”, finaliza o empresário e influenciador político Otávio Fakhoury.