* Carlos Alberto Coquinho Bazani – O personagem da coluna Do Fundo do Baú desta semana é o competente, carismático José Rodrigues Trindade. ou Zé Rodrix, nascido em 25 de novembro de 1947, no Rio de Janeiro, e veio para São Paulo, em maio de 2009, onde estourou para o mundo pop da nossa MPB.
Instrumentista, arranjador, compositor, escritor e publicitário, Zé Rodrix iniciou carreira no Grupo Momento Quatro, no Festival da Record de 1967, acompanhando Edu Lobo, Marília Medalha e o Quarteto Novo, na música Ponteio. Seis anos depois, integrou o Trio Luís Carlos SÁ, Gutemberg GUARABYRA. Depois alçou carreira solo de muito sucesso, com o lançamento do álbum Soy Latino Americano, em 1976. E voltou a se apresentar com Sá e Guarabyra no Rock in Rio em 2001.
A sua carreira como publicitário decolou e atingiu um enorme e merecido sucesso, com a composição e produção de jingles comerciais e institucionais de produtos e empresas de grande projeção internacional.
Mas a história da semana tem início no lançamento da campanha publicitária do Consórcio Nacional Garavello, na sua sede no ABCD, instalada à Rua José Cabalero, em Santo André. Após descontraída entrevista de Sandra Bréa, protagonista dos comerciais, e do próprio Zé Rodrix, concedida ao Jornal Informação, resolvemos dar uma esticada até a Tutti Frutti Disco Club, em São Bernardo.
Minhas amigas, a publicitária e relações públicas Devanir Ferreira, a Dê, e Idei Alves, a Garota da Puma Cor de Rosa, então proprietária de uma butique na Rua Eliza Flaquer, nos acompanharam nessa divertida balada. A atriz Sandra Brea preferiu ficar no Binder Hotel, em São Bernardo, onde estava hospedada, pois estava muito cansada e tinha muitos compromissos no dia seguinte.
Chegando à ‘Disco’, Zé Rodrix foi muito festejado e muito bem recebido pelos presentes, com direito à execução da música Casa no Campo, composta em parceria com Tavito e gravada por Elis Regina, um grande clássico da MPB. Duas frases desta letra sempre me chamaram à atenção e eu as achava meio estranhas: “Eu quero a esperança de óculos” e “Eu quero plantar e colher com a mão, a pimenta e o sal”.
Pensei comigo: – Agora eu vou sacanear, e disparei: – Zé, por que Esperança de óculos? e Como você planta e colhe o sal com a mão?
Com rapidez de raciocínio e extremo bom humor, sem falar na sonora gargalhada, Rodrix me respondeu com duas perguntas
– Pô parceiro, você não sabe o que é metáfora? Nunca ouviu falar de licença poética?.
Risadas e muita alegria até o final daquela agradável noite que terminamos brindando. À esperança que continuou a usar óculos e ao Zé Rodrix que, ainda por muitos anos, plantou e colheu o sal com a mão….
* Carlos Alberto Coquinho Bazani é natural de Santo André. Foi colaborador do Jornal Informação Resumo Jovem; da Gazeta do Grande ABC; da Rádio Orion FM e trabalhou na Assessoria de Comunicação e na Secretaria de Educação Cultura e Esportes de Santo André. É membro eleito do Conselho Diretor do Fundo de Cultura, além de coordenador do Bloco O Beco do Conforto. Contato com o colunista: carlosalbertobazani@gmail.com.br
Sá, Rodrix e Guarabyra – Rock rural…sou fã desse disco.
Coquinho, Parabéns pela excelente matéria a respeiro do Zé Rodrix. Vc homenageia com delicadeza , um dos grandes ícones da música brasileira! Sou fã de suas reportagens! Bjos na alma!