Estrada Velha de Santos e seus monumentos só podem ser visitados com hora marcada

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Só podemos alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos…Friedrich Nietzsche.

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Casa de Pedra no Polo Ecoturístico Caminho do Mar na Estrada Velha PMSBC

 

* Hildebrando Pafundi – Resolvi dar um intervalo no tema que venho abordando nesta coluna há algumas semanas sobre o Projeto de Lei do prefeito Saulo Benevides, de Ribeirão Pires, que pretende fazer a doação da área onde se encontra o histórico prédio da Fábrica de Sal, no Centro Alto da cidade, para empresários construírem um shopping center, porque como a Câmara Municipal vem adiando a votação há cinco sessões semanais seguidas, não surgem novidades para abordar na crônica de abertura. No último encontro, os vereadores prometeram que o projeto será votado na próxima sessão. Vamos aguardar.

Para esta semana resolvi escrever um pouco sobre a Estrada Velha de Santos e seus monumentos, entre os quilômetros 42 e 51, trecho localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, na Mata Atlântica, porque agora esse passeio cultural, ecoturistico e através de trilhas históricas, reserva tombada pela UNESCO e reconhecida como Patrimônio da Humanidade, só será possível com hora marcada pelo site www.caminhosdomar.org.br

Nesse passeio que começa no Alto da Serra pode-se avistar a Usina Henry Borden, as praias da Baixada Santista e vários monumentos históricos, construídos em comemoração ao centenário da Independência, durante a gestão do governador Washington Luiz (1929 – 1924). Durante o percurso pode-se avistar e visitar vários monumentos e construções da época localizadas ao longo desse caminho, que fazia a interligação entre o litoral e o planalto de São Paulo.

Um dos monumentos mais importante é a Casa de Visitas do Alto da Serra, que era utilizada para hospedar visitantes, que vinham conhecer as obras do Alto da Serra e da Usina de Cubatão, atual Henry Borden da qual existe uma exposição no local. Outro ponto importante é o Pouso de Paranapiacaba, construído em alvenaria de pedra, tijolos e granitos, circundados por varandas. Era um ponto de parada de carros durante a viagem entre Santos e São Paulo. Paranapiacaba em tupi significa “local de onde se avista o mar”. Já as Ruínas do Pouso é também uma construção em alvenaria de pedra, casa que abrigava os trabalhadores durante a construção dos Monumentos da Serra do Mar.

Outro monumento importante é o Belvedere Circular, localizado no primeiro cruzamento da Calçada de Lorena com o Caminho do Mar, no quilometro 46. O ponto de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos, conhecido como Rancho da Maioridade, fica no quilometro 47. É uma alusão a Estrada da Maioridade, construída entre 1841 e 1846.

Já o Padrão de Lorena foi construído em homenagem ao governador geral da extinta Capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena, conta com painéis de azulejos laterais com cenas do século XVIII. No quilômetro 51 está localizado o Pontilhão da Raiz da Serra, com a placa comemorativa do final da obra do Caminho do Mar em concreto, durante o governo de Carlos de Campos, em 1925. Finalmente o Cruzeiro Quinhentista, que marca o inicio da transposição da Serra entre o litoral e o planalto, que é alusivo a chegada dos portugueses no litoral e as primeiras vias de ligação.

Para fazer visitas e conhecer esses locais históricos e turísticos é necessário agendar dia e horário pelo site já citado no inicio da matéria. O funcionamento desse roteiro é de terça-feira a domingo das 9h às 16 horas, com entrada entre 9 horas e 9h30. Acesso por São Bernardo do Campo pela SP -148 Estrada Caminho do Mar, quilometro 42 e Cubatão, quilometro 51, junto a Refinaria Presidente Bernardes Cubatão.

Para esse passeio recomenda-se usar roupas e calçados confortáveis, repelentes e boné, protetor solar, capa de chuva, saquinho para lixo. Levar lanches e água. É proibida a entrada de animais domésticos, bicicletas, skates, carrinhos de rolimã e motos. A visita dura em média de cinco a seis horas. Minhas pesquisas foram feitas na internet no site http://www.caminhosdomar.org.br e no Jornal Enfim, de São Caetano do Sul.

  • Alpharrabio comemora 24 anos e Zhô 40 anos de atividades culturais No último sábado (20), a Livraria e Centro Cultural Alpharrabio comemorou 24 anos de fundação e intensa vida cultural, com festas e outros Encontros. Na festa foi inaugurada a exposição “NO MEIO DAS PEDRAS TINHA UM CAMINHO” – Zhô – 40 anos – colagem – arte postal – poesia, de Zhô Bertholini, em comemoração aos 40 anos de atividades culturais desse poeta, que abre justamente no dia da festa de 24 anos do Alpharrabio, impregnada de significados, como explica a também poeta Dalila Teles Veras: “Primeiro, por se tratar de um “caminho” digno de atenção e aplauso, segundo porque Zhô Bertholini faz parte da história e do “caminho” da livraria desde o seu inicio, quer seja como colaborador nos momentos mais marcantes ou como assíduo freqüentador deste lugar que foi criado para o Encontro. É justamente do(s) Encontro(s) que esta festa se constituirá. Encontro com o outro, encontro com a cidade/nossa história”, destaca a poetisa. Visitas: de segunda à sexta-feira, das 13h às 19h, e aos sábados das 9h30 às 13h, até 26 de Março. Alpharrabio (Rua Dr. Eduardo Monteiro, 151, travessa da Avenida Portugal, altura do número 1000, Vila Bastos, Santo André – SP). Telefone (11) 4438-4358.
  • Projeto Internacional de Poesia Gráfica A Casa da Palavra, em Santo André, sedia a exposição Projeto Internacional de Poesia Gráfica, que pode ser visitada até o dia 31 de Março. Na entrada, uma mulher confeccionada com páginas de jornais, braços e mãos feitos com recortes, segurando uma cabeça, e outra cabeça acima do pescoço e formada por um livro aberto e outros livros como suporte nos pés, recepciona o visitante. Para a exposição, que se encontra à direita de quem entra na Casa, foi montada e instalada uma grande árvores, com ramos, e espalhadas pelo chão, grama, capim, tocos, cipós e um banco, por onde estão se encontram muitos poemas e outros pendurados nos ramos. O projeto reúne o amor – ou a dor – e tem capacidade de ser cantado, declamado, escrito, pintado, desenhado, esculpido, filmado e eternizado em todas as artes, tudo em forma de versos. A idéia surgiu da associação do poeta Diego Vadillo López e do artista plástico Tudor Serbanescu. O projeto já foi montado na Espanha, Romênia e Costa Rica, e chega ao Brasil pela primeira vez, com curadoria do escritor de São Bernardo, Tales Jaloretto. Para essa mostra na Casa da Palavra foram selecionadas 22 poesia de 15 poetas de diversos países, como Argentina, Colômbia, Chile, Austrália, Sérvia, Nicarágua, Romênia, Costa Rica, Peru, Espanha e Brasil. Poetas convidados: Giselle Maria, Durvalino Joloretto, Cecília Camargo Bueno, Sergio Pires, Cris Novais, Edson Silva, Beto Perocini, Jefferson Brito Ramos e Adriano Ribeiro. Visitas de segunda à sexta-feira das 10h às 19h, até o dia 31 de Março. Casa da Palavra (Praça do Carmo, 171, Centro, Santo André-SP).
  • Exposição África Ativa Essa exposição África Ativa, em homenagem ao mês da Consciência Negra, foi inaugurada na Sabina Escola e Parque do Conhecimento de Santo André e poderá se visitada até o mês de maio de 2016. A visitação está inclusa no ingresso de acesso à Sabina. A mostra está instalada no Espaço de Exposições Temporárias e é indicada para todas as idades, porque oferece, por meio de diferentes instalações lúdicas, como painéis fotográficos, panos largos e coloridos e objetos, a possibilidade de alunos e visitantes mergulharem na arte, cultura e memória de diferentes grupos populacionais do continente africano. Visitas até maio de 2016. Sabina (Rua Juquiá, sem número, Bairro Paraíso, Santo André – SP).
  • São Caetano de Dentro: Uma Cidade Vivida e Imaginada A nova exposição da Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, intitulada “São Caetano de Dentro: Uma Cidade Vivida e Imaginada”, unindo fotografia e literatura, mostra o município por óticas diferentes. Inaugurada dia 13 de Fevereiro, a mostra pode ser visitada até o dia 4 de abril, no Espaço Verde Chico Mendes. A idéia foi do jornalista e também curador Nelson Albuquerque. Ao todo são 27 fotografias acompanhadas de poesia, crônica, conto, frase. A mostra conta ainda com jogo de palavras colocadas em ímãs, permitindo que, desejando, o visitante também crie sua impressão sobre a cidade. Visitas: de terça-feira a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos das 9h às 16h, até dia 4 de abril. Espaço Verde Chico Mendes (Av. Fernando Simonsen, 566, Bairro São José, São Caetano. Telefone: (11) 4223-4780.
  • Retratos Antigos de Famílias A exposição Retratos Antigos de Famílias, que pode ser visitada até dia 30 de Março, no Museu Municipal de São Caetano, relembra a moda de tirar fotos entre o final do século XIX e o início do XX, quando as famílias se vestiam socialmente e contratavam um fotógrafo profissional com hora e data marcadas para as poses, pois o serviço era caro e o retrato permanecia guardado por muitas gerações. De cinco mil fotos doadas por famílias da Região do ABC, 70 fazem parte dessa exposição. A foto mais antiga é de 28 de Julho de 1877 (aniversário da cidade), e retrata imigrantes italianos da província de Treviso, fundadores de São Caetano. Visitas: de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h; sábados das 9h às 13h. Endereço: Rua Maximiliano Lorenzini, 122, Bairro Fundação, São Caetano. Telefone (11) 4229-1988.
  • Exposição de Artistas Afro-descendentes A exposição Território: Artistas Afro-descendentes, no Acervo da Pinacoteca do Estado, inaugurada em Dezembro de 2015 para comemorar os 110 anos de fundação, pode ser visitada até dia 17 de Abril de 2016. O primeiro diretor negro da Pinacoteca foi Emanoel Araujo, que permaneceu no cargo de 1993 a 2002. Durante sua gestão foi responsável pela revitalização do museu e também contribuiu, inclusive, com obras de muitos artistas afro-descendentes. Essa mostra conta com 106 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e auto-retrato de Arthur Timotheo da Costa, doado em 1956. Entre outros estão também obras de Antonio Bandeira, Mestre Valentim, Rosana Paulino e Jaime Lauriano. As obras estão divididas em conjuntos e dispostas de acordo com a familiaridade dos temas com os territórios: Matrizes Ocidentais, Matrizes Africanas e Matrizes Contemporâneas. Visitas de terça-feira a domingo das 10 horas às 17,30 horas, com permanência até as 18 horas até dia 17 de Abril de 2016. Os ingressos custam R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Local: Quarto Andar da Estação Pinacoteca. Endereço: Largo General Osório, 66, Cidade de São Paulo, Capital.
  • O Mundo de Tim Burton A inauguração da exposição O Mundo de Tim Burton, no dia 10 de Fevereiro, no Museu da Imagem e do Som (MIS), contou com a presença desse ator norte-americano, que veio ao Brasil para apreciar o Carnaval e prestigiar a mostra em sua homenagem, que pode ser visitada até dia 15 de Maio. Essa exposição reúne cerca de 500 itens, que foram selecionados pela também curadora independente Jenny He. Dentre o material reunido destacam-se obras de arte, pinturas, esboços, story board e bonecos da filmografia do ator, incluindo 18 longas metragens, dentre os quais se destacam: Batman (1989), Edward Mãos de Tesoura (1990), O Estranho Mundo de Jack (1993), A Noiva do Cadáver (2005) e Alice no País das Maravilhas (2010). Visitas de terça a sexta-feira, das 10h às 20 horas; aos sábados, das 10h às 21 horas; domingos e feriados, das 11h às 19h até 15 de Maio. Os preços variam entre R$ 6,00 e R$ 40,00. Endereço do MIS: Avenida Europa, 158, Cidade de São Paulo – SP. Mais informações pelo telefone, 2117 – 4777.
  • Exposição de Fotografias batidas por deficientes visuais Foi inaugurada e pode ser visitada até dia 3 de Abril a exposição Transver – Fotografias Feitas por Pessoas com Deficiência Visual, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São 10 participantes, alunos do Curso de Fotografia para Deficientes Visuais do Núcleo de Ação Educativa (NAE), que pertence a Pinacoteca. Todos foram alunos do Curso de Fotografia realizado de agosto a outubro, em três módulos de ensinamentos teóricos e práticos proferidos pelo professor João Kulcsár, coordenador do projeto de fotografia para deficientes visuais do SENAC – SP, em parceria com a equipe da Pinacoteca. Cada aluno tem um trabalho exposto e todos participaram no processo de escolha das fotos, que o visitante tem acesso juntamente com as pranchas táteis para entender o processo, áudio-descrições e textos em Braille, com códigos QR, possibilitando assistir aos depoimentos gravados pelos participantes da exposição. Visitas de terça a domingo, das 10h às 18h, até dia 3 de abril. Os ingressos podem ser adquiridos no local, e custam R$ 3,00 e R$ 6,00, e aos sábados a entrada é grátis. Pinacoteca do Estado de São Paulo (Praça da Luz, 2, Jardim da Luz, Capital – SP). Até a próxima!
pafundi * Hildebrando Pafundi é escritor, jornalista, contista e cronista. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, da União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e outras entidades. Tem quatro livros publicados. Contatos com o autor e colunista pelo e-mail hpafundi@ig.com.br
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