Evento abre programação pelo Dia Internacional da Mulher

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Da Redação – Música e debate marcaram a abertura da programação em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março. O evento foi realizado na noite desta terça-feira (8), no Centro de Referência do Idoso (CRI). Com o tema “Março, mês da mulher. Somos o que quisermos ser, somos mulheres de São Bernardo”, o encontro contou com a participação de mulheres da cidade que falaram sobre a importância da data.

O evento reuniu autoridades municipais, destacando as secretárias de Desenvolvimento Social e Cidadania, Márcia Barral, de Saúde, Odete Gialdi, de Orçamento e Planejamento Participativo, Nilza de Oliveira, e a deputada Ana do Carmo, além de moradores e estudantes.

Apresentações musicais de Tatiana Santos e Estela Fidelis fizeram parte da programação. A dupla executou as canções ‘Pagu’ e ‘Agora só falta você’, de Rita Lee, e ‘Felicidade’, de Marcelo Jeneci.

A secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Márcia Barral, fez a abertura do evento, lembrando a necessidade de as mulheres estarem em todos os setores, inclusive na política. “Muitos dos direitos que temos hoje são resultado das lutas de mulheres como nós. Esse dia é o símbolo do nosso papel na luta por direitos, e estamos em um momento decisivo em nosso País, onde há riscos de termos nossos direitos minados por parlamentares que defendem que mulheres devem ganhar menos pelo simples fato de engravidar. E sem nossa participação efetiva ficamos de mãos atadas e sujeitas a arbitrariedades como esta”, pontuou.

Márcia convidou ainda os presentes a prestigiarem o calendário de atividades para o mês das mulheres preparado pelo Grupo Intersecretarial de Políticas Afirmativas da Prefeitura: “Ao longo do mês, a população feminina poderá mostrar seu talento, desenvolvendo livremente poesias, contos, crônicas, histórias, desenhos, músicas e danças que façam referência ao seguinte tema: Política, um caso de luta e poesia para as mulheres.”

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, reforçou que a presença das mulheres nos espaços públicos e privados deve continuar a ser defendido. “Uma grande mulher vem sendo vítima de uma campanha permanente de perseguição e desmoralização, que é a nossa presidenta Dilma Roussef. Em que pese eventuais erros cometidos pelo governo, é inadmissível a forma como tem se dado a crítica. E isso invariavelmente acontece quando uma mulher chega a uma função de comando, sendo alvo de seus adversários não por seus defeitos, mas por ser mulher.”

Marinho ressaltou que passou da hora de se dar um basta ao abuso sexual, assédio moral e violência física, e que isso não será possível por uma sociedade hegemonizada por homens. “Reforço que, para mim, a luta das mulheres nesse momento histórico deve ser pautada pela busca de um maior empoderamento na política, no trabalho, em qualquer lugar. Pelo aumento da participação das mulheres nos espaços de decisão, para ocupação de papeis de protagonista no enredo da história contemporânea.”

Participação – As interessadas em participar das atividades do Mês da Mulher poderão mandar seus trabalhos para o e-mail somos.mulheres@saobernardo.sp.gov.br. As selecionadas apresentarão suas criações na cerimônia de encerramento da programação, no Teatro Cacilda Becker (Praça Samuel Sabatini, 50, no Paço Municipal). O regulamento e a programação com todas as atividades estão no site da Prefeitura (www.saobernardo.sp.gov.br).

As atividades comemorativas vão acontecer nas 20 regiões em que a cidade é dividida para as plenárias do Orçamento Participativo (OP), e serão organizadas pelas próprias mulheres, nas mais diferentes linguagens, como teatro, dança e vídeo.

O Dia Internacional da Mulher é uma data em que as mulheres, em várias partes do mundo, vão às ruas para relembrar suas conquistas, reivindicar direitos e assegurar a igualdade entre mulheres e homens.

História – No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York (EUA) fizeram greve para reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga horária para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas), equiparação de salários com os homens (as mulheres recebiam até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno. Como elas ocuparam o local de trabalho, a manifestação foi reprimida com violência. As mulheres foram trancadas e a fábrica, incendiada. Cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas.

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