Voluntários de igrejas evangélicas de Mauá são capacitados para enfrentamento da dengue

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Da Redação – Em paralelo às diversas ações de combate à dengue promovidas em todos os territórios de Mauá desde o ano passado, a Prefeitura tem buscado novas alternativas para reforçar o combate ao mosquito Aedes Aegypit: a mobilização social. Na noite desta quinta-feira (03/03), técnicos do Núcleo de Proteção à Saúde e Vigilância fizeram uma capacitação para cerca de 150 membros de igrejas evangélicas do município. A ação ocorreu no Centro de Formação de  Professores Miguel Arraes e contou com a presença do prefeito Donisete Braga, do secretário de Saúde Luís Fernando Tofani e do vereador Gil Miranda.

O objetivo do encontro é transformar a população, por meio de lideranças religiosas e comunitárias, em multiplicadores de informações atualizadas sobre prevenção da doença, causada pelo mesmo mosquito transmissor da Zika Vírus e Chikungunya. “A dengue não é apenas responsabilidade do poder público, mas de todo cidadão indistintamente. O ‘puxão de orelha’ vale para todos nós, responsáveis por cuidarmos diariamente da nossa cidade”, disse o prefeito. Segundo o secretário de Saúde, mais de 70% dos criadouros do mosquito estão localizados dentro das residências. Por isso, estreitar parcerias com a comunidade é fundamental para combater a infestação. “Temos mais de 300 agentes diariamente nas ruas fiscalizando a cidade, mas infelizmente muitos moradores ainda recusam a visita de inspeção. Precisamos de parcerias e lideranças da comunidade para vencermos este desafio”, observou.

A palestra ministrada pelo gerente do Departamento de Controle de Zoonoses, Sandro Corumba, foi feita por meio de explicação didática e bastante esclarecedora. As três doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito foram diferenciadas, bem como sintomas e meios de transmissão. Os munícipes também tiraram dúvidas e assistiram a um vídeo explicativo sobre as fases de evolução do mosquito e melhores formas de prevenção. Após a conclusão da palestra, a moradora do Jardim Quarto Centenário, Letícia Domingos Nunes, 36, parabenizou a iniciativa em conjunto à população. “Temos, sim, a necessidade de nos conscientizarmos, pois não é uma responsabilidade isolada do poder público. Precisamos colaborar. A educação começa dentro de casa e hoje pudemos conhecer soluções mais eficazes de combate à doença. Foi muito produtivo”, resumiu.

Este ano Mauá registrou 286 casos suspeitos de dengue, 58 negativos, três importados de outras cidades, um autóctone e 224 aguardam resultado. Não houve mortes e não há casos registrados ou investigados de Zika ou Chikungunya.

Ações de combate – Quando a Secretaria de Saúde recebe uma notificação de caso suspeito as equipes fazem ação de bloqueio, vistoriam um raio de 300 metros ao redor da moradia e tomam as medidas indicadas para controle do vetor transmissor. As equipes reforçam cuidado redobrado com objetos que possam acumular água e virar potencial criadouro. Em fevereiro, a Secretaria da Saúde promoveu grande mutirão de combate à dengue nos cinco territórios do município. Participaram agentes comunitários, agentes de endemias, enfermeiros, trabalhadores, supervisores e gestores.

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