Confederação Brasileira Ginástica terá Comissão de Ciência e Educação

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Conselho terá a função de laboratório de ideias relacionadas à formação, à busca de ligação entre universidade e treinamento e ao cultivo da memória

Da Redação – O ano de 2021 da Ginástica Brasileira já começa com uma excelente notícia: a Confederação Brasileira de Ginástica lança a Comissão Ciência e Educação (CCE), que será um laboratório de ideias com importantes atributos para o desenvolvimento da modalidade no País. O coordenador será o professor doutor Marco Antonio Coelho Bortoleto, que é membro da Comissão de Educação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) desde 2017 e membro do Comitê de Ginástica Para Todos (GPT) da FIG desde 2012.

“A CCE será um conselho com função consultiva, não executiva, que terá a função de assessorar a CBG nessas áreas. Nosso propósito é contribuir com ideias, orientar e indicar caminhos na área de educação. Nós nos propomos a identificar qual é o tipo de formação demandada pela sociedade e levar isso à CBG”, afirma Bortoleto, que se graduou em Educação Física pela Unimep e tem Mestrado em Educação Física pela Unicamp e Doutorado pela Universidade de Lleida (Espanha). Ele foi professor de Acrobacia na Escola de Circo de Barcelona e hoje leciona no Departamento de Educação Física e Humanidades (DEFH) da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp.

Uma das principais funções da Comissão será pensar a formação de treinadores e árbitros. “Existe uma demanda, uma queixa, de que ciência e esporte não caminham juntos aqui. Raramente os treinadores conseguem usufruir ou aplicar os conhecimentos que estão na academia. É recente o aproveitamento da ciência na fundamentação de treinos. Nós pretendemos estabelecer uma ligação entre estudiosos e treinadores. Queremos que os treinadores nos mostrem o que deve ser pesquisado, para que essas pesquisas subsidiem o trabalho nos ginásios”.

Quanto aos árbitros, Bortoleto pretende vê-los formados, no sentido amplo da palavra. “Queremos formar mesmo. Não vemos a formação meramente como a aquisição das competências para julgar, o que dá ao árbitro o brevet. Isso é certificação. De nada adianta termos árbitros capazes de julgar, mas que façam comentários preconceituosos ou que tomem atitudes inadequadas”.

Futuramente, a CCE vai se envolver também com a formação de gestores. “Cada agente, incluindo os gestores, participa ativamente do processo educativo na ginástica. As decisões e ações do treinador, dos familiares e, também, dos gestores, precisam convergir para um mesmo lugar comum: uma educação esportiva segura e respeitosa”, diz o estudioso.

Outro importante papel da CCE está ligado ao resgate da memória do esporte. “Queremos não apenas mostrar a história de atletas, como também contar a história da CBG e mostrar como os clubes se constituíram, para que a sociedade possa ter uma leitura a respeito”, diz o professor.

Na avaliação de Bortoleto, ao lançar a CCE, a CBG está caminhando no mesmo rumo das federações mais bem estruturadas do mundo. “É necessário investir em educação para que possamos superar vários problemas”.

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