Clínica Canto orienta população sobre casos de risco à visão

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Da Redação – O Conselho Brasileiro de Oftalmologia recebeu denúncias de 21 pacientes que, ao realizar a cirurgia de catarata durante um mutirão em um hospital de São Bernardo do Campo, ficaram cegos ao serem infectados por uma bactéria. Cirurgia mais comum dentro da Oftalmologia e com uma técnica consolidada em todo o mundo, o diretor geral da Clínica Canto, Marco Canto, esclarece que esse reconhecimento não é garantia de que cuidados não precisam ser tomados.

Pelo contrário: “Muitos fazem mutirões em locais sem infraestrutura adequada, tentando economizar e visando apenas o lucro e é nessas horas que muitos procedimentos são negligenciados”, comenta. “A bactéria pseudomona aeruginosa é extremamente virulenta e a contaminação ocorre justamente em casos de descuido”, esclarece. “Provavelmente algo, instrumento ou substâncias, estava contaminado com a bactéria e não tem como dizer o que, quando e como ela foi parar lá no ambiente de cirurgia. Só uma investigação poderá dar a resposta a essa questão”, complementa a Dra. Ana Paula Canto, também da Clínica Canto.

Para uma maior segurança, os médicos salientam que o paciente precisa sempre conhecer muito bem o local e a equipe que irá operá-lo. “O problema não são os mutirões em si, mas, o procedimento ocorrer em lugares despreparados e sem seguir todos os protocolos de segurança”, avalia Dra. Ana Paula. “Aqui, na Clínica Canto, por exemplo, nós temos cinco salas cirúrgicas e uma equipe especializada e preparada para 100 cirurgias ao dia”, explica.

Mas, segundo os oftalmologistas, ainda não se pode julgar como descaso o que aconteceu em São Bernardo do Campo. “Não se pode falar em negligência. Foi uma tragédia. Infecções podem ocorrer em qualquer tipo de cirurgia, não só em Oftalmologia. É preciso seguir protocolos e regras para que isso não aconteça mais”, afirma Dra. Ana Paula.

Terapias milagrosas – Tratamentos receitados por pessoas que não são oftalmologistas e divulgados por meio da internet também estão sendo denunciados ao CBO. Uma das técnicas difundidas é o “autoestímulo da visão”, chamada de “self-healing”, baseada em exercícios caseiros que prometem a cura de qualquer doença ocular. “Isso é charlatanismo! Não existe comprovação científica desse método ou qualquer tipo de benefício. A pessoa ficará esperando um milagre e sem o tratamento médico adequado pode, inclusive, ficar cega”, alerta Dr. Marco Canto.

O oftalmologista exemplifica com o glaucoma. “Um paciente que tenha a doença e abandone o tratamento com oftalmológico para fazer ‘self-healing’, terá a progressão da doença e pode perder a visão, que nesse caso, não tem como reverter”, ressalta.

Algumas doenças oculares requerem exercícios, chamados de ortópticos, contudo, eles são um complemento terapêutico orientado por oftalmologistas. “Recomendamos exercícios oculares para desvios como estrabismo, dificuldade de fixação da visão, entre outros. Mas, eles são ensinados e conduzidos pelos médicos e fazem parte de um tratamento maior, que inclui exames oftalmológicos, recomendação de óculos ou lentes de contatos, entre outras medidas necessárias”, afirma Dr. Marco Canto.

Caso uma pessoa já tenha sido orientada por algum leigo com alguma dessas falsas técnicas ou tenha lido alguma reportagem que indica esses tratamentos, a orientação é fazer denúncias ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia. “Isso é igual estelionato! A pessoa está sendo enganada e com sua saúde sendo colocada em risco. Essas pessoas não podem sair impunes”, defente o oftalmologista.

Para fazer denúncias ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia é só entrar em contato pelo telefone 11 3266-4000 ou acessar o site, www.cbo.net.br e clicar em Ouvidoria no link Fale com a CBO.

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