* Caio Bruno – Desde que o mundo é mundo e o homem aprendeu a se comunicar, sempre houve de alguma maneira o que hoje chamamos de fake news. Em outros períodos e áreas eram (e ainda é) os famosos boatos, fofocas, o famoso “ouvi dizer”.
Em campanhas eleitorais esse mecanismo sempre foi utilizado de forma a difamar oponentes ou exagerar suas qualidades. No início, à moda antiga por com as conversas sociais, depois com a popularização da imprensa os meios eram os jornais, folhetos e outras mídias. Até chegarmos à era da Internet e mais precisamente das Redes Sociais, na década passada.
A humanidade nunca lidou em sua história com volume e velocidade de informações tão grande quanto nos dias atuais. Mais do que isso, a tecnologia proporcionou a todos a possibilidade de produzir conteúdo. A lógica é simples: quanto mais informação, menos análise por parte do leitor. Eis o cenário fértil para as Fake News.
Esse expediente ganhou corpo e institucionalização com métodos e protocolos (e com empresas e pessoas ganhando rios de dinheiro com isso) a partir da eleição presidencial americana de 2016 e logo se espalhou por todo o globo. O Brasil, claro, não ficou indiferente a isso. O pleito de 2018 e o modus operandi de alguns atores políticos nacionais estão aí para provar isso.
A grande questão é: o quanto durarão as Fake News no universo político eleitoral? A sociedade criará vacinas contra a proliferação de mentiras, notícias falsas e boatos infundados? Ou esse artifício veio para ficar e teremos que conviver com essa nebulosidade? A resposta começa a ficar clara com as eleições deste ano. As presidenciais dos Estados Unidos e as municipais brasileiras.
- Caio Bruno é jornalista, pós-graduado em Comunicação e especialista em Marketing Político. Acesse: www.caiobruno.com.br
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