80 países se reúnem hoje, Dia Mundial da Trombose, para discutir riscos de coágulos sanguíneos

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Da Redação – Mais de 600 organizações médicas, órgãos governamentais de saúde e organização de defesa de pacientes e saúde pública de 80 países se reuniram para convocar seus sistemas de saúde a exigir avaliações de risco, nos hospitais, para verificar a presença de tromboembolismo venoso (TEV), coágulos sanguíneos que se produzem nas pernas e nos pulmões. O TEV é uma importante causa de morte evitável em hospitais de todo o mundo – à frente das infecções e da pneumonia, de acordo com o Programa de Segurança do Paciente[i] da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Dia Mundial da Trombose, que culmina no dia 13 de outubro, é organizado pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombosis and Haemostasis – ISTH), conta com o apoio de organizações como a Federação Mundial do Coração, Grupos de Trabalho sobre Trombose, Função Ventricular Direita e Circulação Pulmonar da Sociedade Europeia de Cardiologia, Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA, Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (EUA) e Associação Americana do Coração, entre outras. Sua missão é promover a conscientização, em nível mundial, sobre a trombose (formação de coágulos sanguíneos), que mata aproximadamente uma em quatro pesso as em todo o mundo.[ii]

Atualmente, a maioria dos sistemas de saúde não exigem que os hospitais avaliem todos os pacientes que são atendidos para verificar o risco de desenvolverem TEV, apesar de 60 por cento de todos os casos de TEV estarem associados a hospitais.[iii]  Em âmbito mundial, as estimativas são de 10 milhões de casos de TEV anualmente.[iv] Junto com infartos e derrame tromboembólico, o TEV é um dos três principais fatores de morte por problema cardiovascular no mundo – todos os três são provocados pela trombose. Somente na Europa e nos Estados Unidos, mais de 600.000 pessoas morrem por TEV por ano – mais do que o número total combinado de mortes por câncer de mama e de próstata, AIDS e acidentes com veículos motorizados.[v],[vi]

“Um paciente que vai a um hospital tem mais risco de desenvolver TEV, seja hospitalizado para uma cirurgia ou por uma doença”, disse Gray Raskob, reitor do College of Public Health do University of Oklahoma Sciences Center, e presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial da Trombose. “As pessoas precisam saber que a hospitalização é um importante fator de risco para TEV, e os hospitais têm a obrigação perante seus pacientes de controlar a avaliação de risco de TEV em todos os pacientes. Os resultados dessa avaliação devem ser utilizados para decidir sobre o uso de medidas preventivas baseadas em provas para evitar o TEV.”

Além de emitir uma convocação para o sistema de saúde e os hospitais, as atividades durante a Semana da Trombose se concentrarão na educação do público e em insistir que as pessoas que vão a hospitais peçam, de forma proativa, que seja feita uma avaliação de risco para TEV.

Sobre a TEV
TEV se refere coletivamente a: Trombose venosa profunda (TVP), um coágulo sanguíneo que se produz em uma veia profunda (geralmente na perna); e
Embolia pulmonar (EP), um coágulo sanguíneo que se solta e vai até o pulmão. Trata-se de uma condição que acarreta risco de vida e que exige cuidados médicos imediatos. Além de causar a morte de milhões de pessoas, o TEV representa um fardo financeiro de bilhões para países em todo o mundo.

No Reino Unido, o TEV custa ao Serviço Nacional de Saúde £640 milhões por ano.[vii] Nos Estados Unidos, o diagnóstico e tratamento do TVE podem custar entre $2 bilhões e $10 bilhões por ano.[viii],[ix]
Na Austrália, os custos relacionados ao TEV, inclusive perda de produtividade, são estimados em $1,72 bilhão por ano. Quando a perda de bem-estar (morte prematura e invalidez) é incluída, o custo anual é estimado em $19,99 bilhões.[x]
É importante que o público reconheça os sinais e sintomas que podem indicar um evento.

TVP ou coágulo sanguíneo na perna: os indicadores incluem dor/sensibilidade ou inchação geralmente começando na panturrilha; vermelhidão, mudanças perceptíveis na cor e/ou aumento de temperatura na perna.
EP ou coágulo sanguíneo no pulmão: os indicadores incluem falta de ar inesperada ou respiração acelerada; dor no peito (às vezes pior com uma inspiração profunda); aceleração dos batimentos cardíacos; e/ou tonteira ou desmaio.

Esses indicadores não significam necessariamente a presença de TVE, mas um profissional de saúde deve fazer a verificação imediatamente. Visite  WorldThrombosisDay.org para se informar melhor sobre o TVE e os fatores de risco, sinais, sintomas e prevenções.

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