3ª edição do Projeto Rondon em Diadema integra comunidade e universitários

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Da Redação – Entre os dias 14 e 20 de julho, Diadema recebeu a terceira edição do Projeto Rondon, em que 15 estudantes de várias universidades do país realizaram oficinas sobre Empregabilidade, Direitos Humanos, Saúde e Educação Ambiental. A parceria com o Projeto Rondon é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC).

O Projeto Rondon visa aproximar os alunos da realidade do município, possibilitando o contato com as comunidades, além de formar agentes multiplicadores. Na Rede de Atenção à Criança e ao Adolescente (Recad) foram realizadas oficinas sobre Direitos Humanos com objetivo de proporcionar aos munícipes a oportunidade de refletir e analisar questões relacionadas ao desrespeito à dignidade e à liberdade humana a partir de situações cotidianas concretas.

As alunas também apresentaram o histórico da Lei Maria da Penha e dialogaram sobre a violência contra a mulher. Mayara Bertane, estudante do curso de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), explicou que um sintoma que também pode ser avaliado referente à violência domestica é a questão de maus tratos contra animais. “Dentro da Medicina Veterinária, a Teoria do Elo aborda a ligação entre o ser humano e o animal. Em casos de violência doméstica, o primeiro a sofrer é o animal, por isso é interessante perguntar como o companheiro/a trata o animal. Em alguns relatos, a agressão inicia com os bichos”, afirmou.

Nos bairros Sítio Joaninha e Novo Iguassu, áreas de preservação ambiental da região Sul da cidade, foram realizadas oficinas de Composteira e Minhocário. Os alunos ressaltaram a importância da Educação Ambiental, com intuito de os moradores visualizem a importância da preservação da área, o descarte correto de lixo e esgoto, para que haja uma boa interação e responsabilidade social com meio ambiente.

“Por estarem em área de preservação, o cuidado com o meio ambiente deve ser redobrado. Com a composteira, o lixo doméstico é reduzido em até 50% e estamos transformando lixo em adubo”, comentou  Luis Gustavo Lantin, aluno de Biologia, da Fundação Hermínio Ometto (FHO)/UNIARARAS. “Eu vou fazer uma composteira em casa e, quem sabe, uma horta. O povo precisa ter consciência e cuidar do espaço em que vive”, comentou a moradora do Sítio Joaninha, Edinelma Olinda.

Nesta edição, os alunos ainda tiveram a oportunidade de conversar com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) São José e Nações e trataram sobre doenças respiratórias de inverno, vacinas, infecção sexualmente transmissível, tuberculose, mortalidade infantil e filas de espera.

Para a professora, Renata Furlan, bióloga e doutora em Microbiologia, a troca de experiências é muito importante no projeto. “Essa troca de experiência que a gente faz, especificamente nessa em que os alunos entram em contato com os Agentes Comunitários de Saúde, é fundamental. Não é um assistencialismo, trazemos informação e levamos muito aprendizado. Penso que, para formação dos alunos, é fundamental, porque eles carregam isso tanto na vida profissional como na vida pessoal. Então é uma experiência pra vida toda”, afirmou.

O Projeto Rondon tem a perspectiva de um desenvolvimento local participativo, integrado e sustentável e visa formação de multiplicadores. Para os coordenadores do projeto na SASC, Renata Borges e Felipe de Felipo, o projeto atendeu às expectativas do município. “O projeto vêm em uma crescente. Na primeira vez, os alunos conheceram a realidade da cidade. Na segunda edição, implantaram a horta comunitária e nesta, efetivamente, colocaram a mão na massa trabalhando. Estamos construindo uma história de desenvolvimento e crescimento”, afirmou Renata.

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