15 equipes do Sul estão inscritas em nova edição da Competição Baja SAE BRASIL

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Da Redação – Estudantes do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina construíram 15 carros para disputar a 23ª Competição Baja SAE BRASIL, que este ano bateu recorde de inscrições: 88 equipes de 81 instituições de ensino superior de Norte a Sul do País. A competição será realizada de 9 a 12 de março, em São José dos Campos, SP. As três instituições de ensino que alcançarem as melhores pontuações na soma geral de todas as provas poderão representar o País na Baja SAE Kansas (EUA), que será realizada de 25 a 28 de maio, em Pittsburgh.

Das 15 equipes inscritas que representam o Sul, sete são do Paraná, cinco do Rio Grande do Sul, e três de Santa Catarina. A região empata com o Nordeste na segunda colocação por número de equipes, superada apenas pelo Sudeste.

Paraná – Estreante na competição em 2016, a equipe Procobaja, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Cornélio Procópio, com 31 estudantes, levará um carro com alterações na carenagem, acabamento, painel de instrumentos e suspensão. “Com base na última experiência definimos mudanças essenciais no protótipo, e em competição entre as equipes da nossa universidade conseguimos testar o carro e as modificações que foram feitas”, explica Felipe de Oliveira, capitão da Procobaja e estudante do 4º ano de Engenharia Mecânica.
Para reduzir o peso e aumentar a resistência do protótipo, a equipe inovou com alumínio 7075 na fabricação das mangas da suspensão, material 1/3 mais leve. A dirigibilidade foi otimizada com a adoção da geometria 100% Ackerman, além de inclinação de 12 graus do pino mestre entre outros fatores auxiliares.
A equipe Pato BAJA, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Pato Branco, introduziu uma caixa de direção mais compacta, que proporciona relação mais adequada do sistema de direção para a aplicação no novo projeto, e manga de eixo em alumínio, que permitiu reduzir a massa não suspensa do veículo.

Rio Grande do Sul – Décima-quarta colocada na classificação geral da competição em 2016, a equipe Mas Baja Tchê, da Universidade de Passo Fundo, inovou no projeto com a aplicação de PET na carenagem e de fibra de carbono na proteção da CVT (Continuously Variable Transmission), materiais empregados no projeto pela primeira vez. “Priorizamos a otimização da segurança, confiabilidade, redução de peso e custos do projeto”, afirma Bruna Pereira Esteres, do 10º semestre de engenharia mecânica. A equipe fez uso de softwares durante o desenvolvimento do projeto, com foco em estudos de fadiga do chassi, telemetria e também simulações para testes saber a quantidade de combustível e autonomia durante a o enduro.
A equipe Bombaja UFSM, da Federal de Santa Maria, retorna este ano à competição nacional depois de obter a 29ª posição em 2015. O foco do projeto foi dado à suspensão e à transmissão, sistemas que exaustivamente testados pela equipe este ano. “Esperamos terminar entre os 15 melhores e colocar a UFSM de novo entre as principais equipes do País”, diz o capitão Lucas Lovatto Dal Forno. Entre as novidades do projeto, Dal Forno destaca o uso de sistema de telemetria no veículo, para transmissão de dados em tempo real e de fibra de carbono e vidro para reduzir a massa dos componentes e a dimensões do protótipo.

Santa Catarina – Sexta colocada na competição 2016 e 14ª na classificação geral da competição mundial de Rochester (EUA), a equipe Udesc Velociraptor Baja SAE, da Universidade do Estado de Santa Catarina, mirou este ano na redução de massa do Baja. Entre os diferenciais do projeto o capitão e estudante de engenharia mecânica Marcelo Zilli Dorigon aponta a aplicação de tubos de alumínio soldados nos braços da suspensão, inovação que rendeu a redução de 3,5 kg de massa nesses componentes; e o dimensionamento das pinças de freio, que foram projetadas especificamente para o protótipo, o que permitiu redução de massa ainda maior além de facilitar a montagem. “Focamos em nossas fraquezas e em superá-las, comparando nosso desempenho com o das melhores equipes do Brasil e da competi& ccedil;ão mundial”, diz Marcelo, para quem a SAE Baja Rochester representa a maior motivação da equipe. “Lá vimos o ótimo desempenho de equipes de todo o mundo e voltamos inspirados, trabalhamos para uma vaga na competição mundial, focando nas três primeiras posições na competição Baja SAE Brasil”, afirma.

O Baja – O Baja SAE é um protótipo de estrutura tubular em aço, monoposto, para uso fora de estrada, com quatro ou mais rodas e motor padrão de 10 HP, capaz de transportar pilotos com até 1,90 m de altura e 113,4 kg. Os sistemas de suspensão, transmissão e freios, assim como o chassi, são projetados e construídos pelas equipes, responsáveis pela viabilidade econômica do projeto.

Serviço – 23ª Competição Baja SAE BRASIL – 09 a 12 de março de 2017 (Av. Cesare Monsueto Giulio Lattes, s/n, Eugenio de Melo, São José dos Campos, ao lado da Fatec. Programação preliminar: 9 de março – 12h30 às 19h – Abastecimento, inspeções técnicas, re-check das inspeções técnicas e verificações de motor, conforto e freios.
10 de março – 9h às 19h – Abastecimento, inspeções técnicas, re-check das inspeções técnicas e verificações de motor, conforto e freios. 9h30 às 19h – Primeira fase de apresentação de projetos.
11 de março – 9h às 11h – Primeira fase de apresentação de projetos. 11h30 às 16h – Provas dinâmicas (capacidade de tração, aceleração e velocidade máxima, e “suspension and traction”) e repescagem de segurança. 11h30 às 17h30 – Repescagem de conforto. 11h30 às 18h30 – Repescagem de freios.  16h20 às 19h – Finais de apresentação de projetos. 19h – Briefing com pilotos.
12 de março – 9h15 – Formação da largada. 10h às 14h – Enduro de resistência. 15h – Encerramento

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