Crédito-foto: Rodolfo Albiero/Divulgação
Da Redação – O primeiro dia do 14º Congresso de História de Estudos Regionais do Grande ABC, iniciado na sexta-feira (10) em Rio Grande da Serra, destacou a reflexão, o exercício crítico e a abertura de novos olhares sobre a região. Com o tema “O Grande ABC que o ABC desconhece”, o evento conta com apoio do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
Marcando a abertura do evento, foram homenageados a memorialista Gisela Leonor Saar, considerada guardiã da história do município, e o escritor e sociólogo José de Souza Martins. Em seguida, Martins ministrou uma palestra sobre as escravidões indígenas e negra na região que futuramente se tornaria o Grande ABC.
A questão da regionalidade marcou a primeira mesa de debates do 14º Congresso. O crítico de arte José Armando Pereira da Silva fez uma apresentação sobre os artistas plásticos mais importantes da região, com destaque para Luiz Sacilotto.
Para a escritora Dalila Teles Veras, questões como identidade e identificação são temas comuns na região. “Vivemos em um município, trabalhamos em outro e nos deslocamos para um terceiro em busca de lazer. Tudo é centro e tudo é lugar”, afirmou.
Martins apontou que, muitas vezes, falta “sentimento de pertencimento” entre os moradores do ABC. “O Congresso tem sido quase um movimento social de resistência para defender a regionalidade. O povo precisa ter referências identitárias”, defendeu.
A segunda mesa temática discutiu sobre o patrimônio da região, destacando questões intermunicipais e inter-regionais, com a participação de Vivan Valverd Corominas, Simone Scifoni e Marco Moretto Neto.
A programação do 14° Congresso de História prossegue neste sábado (11), a partir das 10h. Além das palestras e debates, o evento conta com apresentações artísticas e outras atividades, como a apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos por universitários da região. O evento termina no domingo (12), com passeio turístico por Rio Grande da Serra.
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