Pesquisador do ICMC é único brasileiro relacionado pelos EUA para o combate ao vírus zika

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IMG_7464Da Redação – Uma armadilha inteligente que identifica insetos pelo bater de suas asas é um dos 21 projetos selecionados em um desafio de combate ao vírus zika lançado pela USAID,a agência do governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento internacional.

O projeto de pesquisa é coordenado pelo professor Gustavo Batista, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), localizado em São Carlos, no interior paulista. Gustavo Batista é o único pesquisador brasileiro selecionado nessa primeira etapa do desafio e receberá um financiamento de US$ 500 mil pelos próximos dois anos.

IMG_8282_tratada“Em momentos de crise como o que estamos vivendo, em que os recursos para a pesquisa estão cada vez mais escassos, é muito importante buscarmos oportunidades de financiamento além das agências de fomento nacionais”, ressalta o professor. A armadilha desenvolvida é capaz de identificar a espécie e o sexo do mosquito pelo movimento das asas. “Quando o mosquito se movimenta, ele bate as asas em certa frequência e isso permite distinguir uma espécie de outra”, afirma Batista. O sistema captura apenas a espécie desejada (nesse caso, o Aedes aegypti), contabiliza os mosquitos e repassa essa informação para um aplicativo de smartphone, via tecnologia Bluetooth.

O objetivo principal é chamar a atenção para que os moradores, ao saberem da presença do mosquito, tomem medidas para fazer o controle. O sistema permite que se faça um comparativo da quantidade de mosquitos capturada de cada espécie no ambiente ao longo do tempo. Segundo o pesquisador, a expectativa é de que, entre um e dois anos, já exista um protótipo de um produto que possa ser inserido no mercado.

A pesquisa teve início em 2011, quando o professor Batista estava fazendo seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Riverside, nos Estados Unidos. Nessa época, o Laboratório de Inteligência Computacional (LABIC) do ICMC estabeleceu uma parceria com pesquisadores da universidade norte-americana. Também nesse tempo o trabalho foi financiado pela FAPESP e pela Fundação Bill and Melinda Gates. Na ocasião, o objetivo da pesquisa era criar um sensor específico para os vetores da malária. Além disso, o projeto já recebeu recursos do Google e foi contemplado, recentemente, no programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP.

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